sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Os Perigos do Elogio

De forma geral, quando se elogia se quer algo, e esse “querer algo” não está ligado somente a interesses negativos, mas sim positivos: querer ser agradável, amável e de reconhecer qualidades nos outros.
O grande perigo, se assim podemos chamar, está em quem recebe e de como esse quem recebe o elogio, como irá usá-lo ou interpreta-lo.
A inconsciência toma conta dessa relação, quando se dispara um elogio, não se tem a mínima noção dos impactos que causarão no receptor no exato momento em que o tiro encontra o alvo. Extremamente necessário é saber se posicionar com consciência para não causar danos, quando a intenção seria o contrário. Um elogio nunca deverá ser puro, mas sim revestido de uma lição, de um incentivo, ou até mesclado a uma crítica, que pelo contexto se tornará com certeza construtiva. Agradar por agradar não vale a pena, e tendo como premissa que o homem enquanto sujeito é um ser plural, isto é, vez aceita, vez rejeita, o simples disparo de um elogio somente como forma de agradar, pode propiciar que haja, por parte do elogiado, a criação da falsa verdade, seria como mentir para si mesmo e acreditar na sua própria mentira, ou como diria Afrânio Peixoto: “Os elogios são como a moeda falsa, que não empobrece a quem despende, mas ilude sempre a quem recebe." Não estou aqui lhe aconselhando que nunca elogie, pelo contrário, o faça todos os dias, desde que se sinta bem, mas vamos fazer inovações, dispara-los com precisão e consciência, dessa forma o a munição será o incentivo, auto-estima e reconhecimento, fazendo do alvo um receptor ciente do seu papel e valor, não aceitando um simples muito bem mas, sendo crítico de si mesmo, em busca do crescimento e nunca da acomodação. É isso aí
(Taylor de Freitas)

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto digno de um sincero elogio.