sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Que casem os pares de iguais.

Somos todos conhecedores da máxima de que "nada se cria, tudo se copia". Verdade pura. Nas pequenas coisas que ESCREVO estão reunidas as diversas cópias de diversas leituras que fiz. Claro que junto às leituras estão as minhas concepções, idéias e ideais, mas o que é isso senão copiar o que o outro faz ou o que o outro pensa? Talvez questione o motivo desta introdução. Explico: tratarei a seguir da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a contrariedade causada nas religiões. A introdução é necessária para alertar que grande parte deste texto é retirada, principalmente, dos escritos de Hélio Schwartsman, filósofo do qual sou fiel leitor, sobretudo de suas colunas na Folha de São Paulo. Após as justificativas, enfim o texto:

A discussão é boa. Aliás, qual a sua opinião? Pessoas do mesmo sexo podem se casar, tem direito aos direitos ou devem ser "aniquiladas" como pecadoras do mundo moderno?

Aqui não me interessa a resposta, mas sim a pergunta: Eles ou elas não são cidadãos como os outros e por consequência não teriam os mesmos direitos já que tem os mesmos deveres?

Cheio de interrogações. É: Novamente a religião marca presença e provavelmente se você for seguidor ou leitor da bíblia ou de ensinamentos religiosos estará condenando estas uniões que já ocorrem de forma legal na Espanha, Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, Canada, Africa do Sul (isso mesmo no Continente Africano) e mais recentemente em Portugal ( e não é piada de portugues). Respeitemos a liberdade religiosa, de crenças, de fé, de deus ou deuses, mas também não deveríamos respeitar a vontade das pessoas já que estas tem o livre-arbítrio "dado pelo poder divino"? Tá faltando respeito por ai.

Até onde sei (se é que sei) a Igreja Católica utiliza-se da Bíblia como livro Sagrado que reúne os ensinamentos que devem ser seguidos pelos cristãos para encontrar o reino do céu, fugir do pecado, perdoar e ser perdoado, dentre outros. Vamos à algumas recomendaçoes e autorizações presente no referido livro conforme relata Schwarsman em seu artigo na folha de São Paulo: "vender sua filha como escravas (Êxodo 21:7), assassinar parentes que abracem outras religiões (Deuteronômio 13:7)" ou ainda pregar a condenação do próximo só pelo motivo do próximo não ser um dos seus "Quem crer e for batizado será salvo, quem porém não crer, será condenado (Marcos 16:16). Voce poderá indagar que tudo deve ser aplicado à sua época e não podemos cometer anacronismos. Se for esta sua dúvida, respondo com sua resposta: tudo deve estar relacionado à sua época e se podemos assim definir, hoje vivemos a época onde as pessoas buscam ser respeitadas nas suas singularidades, nos seus desejos. Este -a princípio - simples objetivo dos homens incomoda a muitos que ainda tentam moldá-lo e não orientá-lo de forma racional em sua beleza, plenitude e criatividade.

Que deixem as pessoas se casarem, se amarem, se separarem, se re-casarem, ter filhos, adotar uns outros, decepcionar-se, envelhecer juntos ou só, deixar herdeiros de capital e de gratidão, para que assim um dia morram. Isso é a vida.
Taylor de Freitas

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E as pessoas boas?

"Em certos momentos fica difícil acreditar em Deus.
Como pode um Deus permitir tanta miséria?
Melhor ser ateu. Um ateus destes que gostariam muito de acreditar em alguma coisa.
Um ateu rezando para estar errado.
Pois não é que hoje morreu um anjo!
Um anjo pediatra. De sorriso lindo.
Um sorriso, me desculpem o trocadilho, angelical.
A primeira vez que vi tal sorriso foi em 1973.
Na capa de uma revista esportiva a qual trazia estampada o novo Cardeal de São Paulo.
Eu estudava em colégio de padre onde o diretor não sorria e nem deixava sorrir.
Imaginem minha surpresa! Um Cardeal de riso aberto na revista com uma bandeira do Corintians.
Descobri que o sorriso era do mais puro aço, inoxidável, imprescindível, inestimável.
Dom Paulo Evaristo Arns era feito de pedra e sentimento. Um anjo na Sé.
Anos depois conheci Zilda. Crianças no colo. Amor pra dar sem vender.
O mesmo sorriso do irmão. Um sorriso de forquilhinha.
Quis o destino. Deus?
Levar desta terra a bela pastora.
Esse Deus que quer todos os sorrisos para si.
Pois. Deus!
Se é que você existe mesmo guarda bem este anjo que se foi quando ajudava tantos anjos numa terra de miséria sem fim.
Guarda bem esse anjo, Deus.
Pois a terra ficou mais vazia no dia de hoje.
E o céu? Se é que o céu existe mesmo, o céu ficou mais azul.
Por Roberto Vieira (nordestino brasileiro e saibam isso é muito do muito)

Ajuda humanitária: gostaria de entender.

Já há algumas décadas - as que eu presenciei - que vejo as ajudas humanitárias entre países. Exemplo: ocorre uma tragédia no Burkina Faso (país africano) e o Brasil, os EUA, a China, a França, Angola, etc... enviam ajuda em dinheiro, comida, medicamentos, mão de obra humana, entre outras. O mesmo ocorreria em caso contrário, Burkina Faso ou a Argentina, Uruguai não hesitariam em enviar ajuda para a Itália devastada. Vamos a exemplos mais próximos: o nordeste, o norte do Brasil enviam verbas para ajudarem os povos atingidos em Santa Catarina. Aproximando mais: o Ministério da Cultura liberou 10 milhões de reais para a recuperação de São Luiz do Piratininga, exemplo do ocorrido em Goias Velho em 2001.
Em relação ao Haiti o Brasil já enviou 15 milhoes, homens, e está a caminho um navio com um hospital instalado e uma estação para tratamento de água, já que há dificuldade de água potável no país. Você já deve estar se revoltando comigo ( achando que eu seria contrário a ajudar o próximo) mas antes que sua raiva chegue à flor da pele vou me explicar.

É fato que todos os países se ajudam em grandes problemas e para isso gastam bilhões. Por que não gastam esses bilhões com seus "próprios filhos?"A minha pergunta é simples. Não seria mais racional, inteligente, gastar menos e prevenir os problemas (os possível pelo menos); se o povo do Burkina Faso e ou do Brasil tem falta de dinheiro para se alimentar tem dinheiro e alimento para enviar aos outros? Se o Brasil ainda não se reconstruiu de sua injustiça social e de seus problemas ambientais, sendo um dos motivos a falta de recursos, como tem recursos para enviar milhoes para outros países. Essa conta pra mim não fecha, ou então não é uma conta é um jogo e eu não sei as regras.

Novamente vou deixar claro, mesmo não sendo o típico cristão, sou super a favor de ajudar o próximo mas realmente não compreendo.

Fica a pergunta: como consigo estender a mão com um prato cheio de comida se o meu estômago não tem alimento suficiente para transferir forças aos meus braços para que esses fiquem erguidos? Vai entender.
Taylor de Freitas

Sugestão de leitura: Deus e a Terra, texto de Hélio Schwartsman - Colunista da Folha de São Paulo.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

E a natureza?

E a natureza?
Natural ou avareza? - nos dois sentidos que a palavra tem (laico e cristão)

Tristeza. A bela paisagem é a chegada da morte, para alguns; por enquanto.

Quanto?
Quanto tempo mais - temos tempo? - para sabermos que a marcha é contra nós mesmos.

Você faz a sua parte? Tenho certeza absoluta que não. E eu ?
Eu, eu!

Abismo abaixo que vem de cima, do lado, do fundo.
Fim do mundo?
Taylor de Freitas