segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Humberto Gessinger - Engenheiros do Hawai

Música brasileira. O que é a música brasileira? Não tente responder. A questão é outra. Não me vem à mente, neste momento algum outro compositor que faça música pela filosofia ativa, intrigante, inquietante. Sempre se busca refúgia nos amores e ódios, guerras e paz, situação e oposição, periferia e classe alta, rural e urbano, dentre outros. Humberto Gessinger, compositor e vocalista da banda Engenheiros do Hawai encabeça a minha lista de letristas e instrumentistas - miha lista por enquanto só tem ele - que usa e abusa da literatura, da filosofia e da história mundial para compor. Suas letras são recheadas de trechos literários, de passagens históricas, de filosofia, sem deixar escapar as angústias, alegrias, tristezas e incertezas do cotidiano do ser. Abaixo alguns trechos de suas canções, trechos esses que muitas vezes passam desapercebidos pelo ouvinte no emaranhado de palavras que compõe toda a canção.
"Na falta de algo melhor nunca me faltou coragem, se eu soubesse antes o que eu sei agora, erraria tudo exatamente igual"
Surfando Karmas & DNA

"Meu sangue ainda corre nas veias, mas é por pura falta de opção"
Além dos Out-Doors
"Problemas... sempre existiram, existirão."
Problemas...sempre existiram, existirão

"Na visão da macrostória toda guerra é igual
A visão do microscópio é o ópio do trivial
Na visão da macrostória nada gera um general"
Ilusão de Ótica
"Já perdemos muito tempo brincando de perfeição, esquecemos que somos simples, simples de coração"
Simples de Coração
"Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução"
Piano Bar
"Eu fui sincero como não de pode ser"
Refrão de um Bolero
"Se voce ouvisse as vozes que eu ouço a noite, acharia tudo que eu faço natural"
Vozes

E "você que tem idéias tão modernas, é o mesmo homem que vivia nas cavernas"

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Raul Seixas

A poucos dias acompanhei pela Rede Globo de Televisão documentário sobre partes da vida, sobretudo artística, de Raul Santos Seixas. Já havia lido livros, entrevistas, etc. Um baiano que revolucionou a música brasileira facilitando a aceitação do rock e das misturas musicais pouco prováveis, rock e baião, por exemplo.

Escrever algo sobre Raul Seixas é meio complexo pois pra mim envolve mais que um assunto, mas alguém que admirio, apesar de que o exercício de escrever é ditado pelo amor ou pelo ódio, não necessariamente nos seus graus mais elevados.

Raul Seixas é um ser infinitamente adjetivado. Guru, subversivo, poeta, cantor, romantico, louco, "messias", ou simplesmente Raulzito.

Pena (para alguns) que seus poemas são recitados em alto som, com rebeldia própria do estilo, porém são bem mais que gritos, são mensagens, profecias, alertas, conselhos e lições de vida. Vida que ele decidiu por viver às suas regras, em sua forma.

Um convite: esqueça a cara estranho do sujeito magro, barbudo, óculos escuros, temor de muitos em décadas atrás. Perca 15 minutos ( vai receber em dobro este tempo ) e leia, perceba, uma música escrita por ele. Verás que por trás do espalhafatoso personagem viveu e "vive" um ser útil na conturbada vida que levamos. Nos ensina a sonhar e a viver, a sermos diferentes. Avisa que "sonho que se sonha só é só um sonho que se sonho só, mas sonho que se sonha junto é realidade". Enfim, mergulha na sua sociedade, totalmente alternativa, segue piamente seus desejos sem importar com o dos outros. O preço? a diminuta estadia conosco. Hoje habita o inevitável desconhecido, quem sabe bebendo "na fonte, que desce naquele monte, ainda que seja de noite, pois ainda é de noite, no dia claro dessa noite". Ele morreu? Não, ninguém morre, "apenas desperta do sonho da vida".
Eu, aqui encontrando "ouro de tolo. "E fim de papo".
Taylor de Freitas

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Tempo


"Devagar, o tempo transforma tudo em tempo. O ódio transforma-se em tempo. O amor transforma-se em tempo. A dor transforma-se em tempo. Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, transforma-se devagar em tempo. Mas, por si só, o tempo não é nada, a idade não é nada, a eternidade não existe."

José Luis Peixoto - dramatugo portugues

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fiéis atenção: Estou abrindo uma Igreja

IGREJA TAYLORCÊNTRICA DO 8º DIA.
Anote aí pois estou precisando de fiéis.

Não pensem que mudei meus conceitos e pretendo salvar almas, leva-las para o céu, realizar milagres, curas, ou coisa do tipo. É que na atual situação financeira estou a procura de meios de, senão ganhar dinheiro, deixar de pagar impostos e de forma legal. Explico:

Acompanhando reportagem da Folha de São Paulo, não pude conter à tentação e vislumbrar a possibilidade de "montar meu próprio templo", (só no papel, viu). Abrir uma igreja no Brasil custa cerca de R$ 450,00 (taxas, emolumentos, certidões, registro, etc..), não demora 15 dias, não precisa de relação de fiéis, pode ser num cômodo no fundo lá de casa, e o dinheiro arrecado através das doações dos meus fiéis (depois entre em contato para pegar o numero da conta) posso aplica-lo, ter rendimentos e não pago IR e nem IOF. Tudo dentro da lei.

A Constituição brasileira prevê que "negócios" dessa natureza estão isento de impostos e isso me atraiu muito. Agora pergunto: Por que o Estado isenta algumas "atividades" e outras não. Não somos uma nação democrática? Parece que não.

Sugestão: monte uma oficina de carros, lavanderia, buteco, enfim, registre como Templo Religioso e enquanto faz os serviços para seus clientes vá "pregando, e pregando". Com certeza vai economizar bastante. Pode ainda realizar uns milagres (nesse caso o serviço tem preço especial).

É a nossa realidade, enquanto precisamos de milagres para sobreviver no dia a dia oneroso de nosso país, entidades religiosas são beneficadas para promover a cura a seus fiéis. Ou seja: o milagre dos números para o dinheiro "dar" no final do mês é voce quem faz, o lucro é dividido entre santos, pastores, padres, obreiros, sacerdotes, diáconos, presbíteros, e os tesoureiros; estes últimos são os homens de deus que cortam o mal pela raíz, por isso recebem o título de tesoureiros. (bem acho que é isso). Fiquem em paz.
Taylor de Freitas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Próximo Destino: Argentina e Uruguai

Tenho a consciência que estou em dívida (quase na dívida ativa) em relação ao proposto e prometido em relação à viagem que fiz à Bolívia, Peru (Machu Picchu)http://oeste.inca.zip.net/). O Projeto inclui um documentário ( já em elaboração) e de material a ser fornecido as escolas públicas: pretendo realizá-los mas, é sabido, os afazeres são muitos, etc e tal. Enquanto isso não acontece termino 2009 e começo 2010 com a programação pronta em mais uma viagem à América Latina. Dessa vez, Argentina e Uruguai em Outubro de 2010. Roteiro pronto, previsão de despesas, informações das cidades, hostel (não assuste é hostel mesmo, entenda albergue), transporte, e por ai vai.
O Roteiro inclui Mar del Plata (cidade costeira - Oceano Atlântico com seus cassinos), San Vicente, Rosário, Buenos Aires, La Plata, General Rodriguez. Será ainda feita a travessia da Argentina para o Uruguai pelo Rio da Prata passando por Colônia e Montevideu no Uruguai. Se o tempo permitir conhecerei também Punta Del Leste. Para não desprezar os centros urbanos brasileiros, no retorno a programação prevê Porto Alegre-RS, Gramado-RS (ainda em fase de estudo) e Curitiba-PR. É isso.

Talvez possa estar achando que rios de dinheiros serão investidos nessa nova empreitada, pois essa foi uma pergunta comum quando fui a Bolívia, Peru (Machu Picchu). Mais uma vez repondo: Não. Sem desmerecer as belezas das terras brasileiras, viajar, sobretudo pela América Latina não é tão caro como parece e é bem mais barato do que se pensa. Fora a questão financeira, o fato de lidar com outros povos, outras formas de viver e pensar com certeza faz um bem que nem ninguém nem nada pelo que passou possa ter lhe propiciado. A experiência é inexplicável. Sugestão: pense nisso. Com um pouco de coragem, atitude, vontade e olhar crítico voce poderá viajar, aprender e ensinar. Mais que isso, poderá cultivar o processo de lidar com o diferente e vivenciar um pouco da diversidade desse imenso mundo povoado de tudo e de todos. Não me deseje boa viagem, mas sim venha comigo.
Taylor de Freitas

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O homem perfeito.



Nao se preocupe: pessoas perfeitas somente são encontradas em dois lugares, ou no cemitério ou no curriculum vitae.
Taylor de Freitas

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Música: a juventude organizada


As maiores "marcas" de um país, de um povo, de uma nação está nas suas manifestações culturais. São diversas, mas a música tem um poder incomensurável. Atinge os timpanos, o coração dispara - ou para -, o cérebro acusa, e o corpo se mexe, ou em outras casos, "anoitece". O que se pode dizer é que a música provoca muitas reações. Os estilos: os mais variados possíveis e seja qual for, faz bem. Você que curte o sertanejo nunca "se pegou" cantando um funk. Quem nunca assobiou uma música internacional mesmo sendo super a favor dos rock´s brasileiros. Me diga quem não sabe pelo menos uma letra das músicas da Xuxa, mesmo odiando a loira. Os amantes da música lenta sempre arriscam um passe de forró universitário. Os apaixonados pela MPB gostam de umas "batidas" novas através da mistura de sons. O importante é organizar-se e apresentrar trabalhos sérios. O homem na condição de ser plural, ou seja: hora aceita, hora rejeita, está aberto a todos os sons musicais sem preconceito. Na individualidade do sujeito se comporta assim, mas em sociedade, às vezes, despreza certas tendências somente para se portar bem perante o grupo. Coisa do passado (não que eu seja contra o passado). Para quem curte um som diferente, inovador e envolvente, faça uma visita em: http://www.myspace.com/gerragdj e boa música pra voce.
Taylor de Freitas

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Que falem as mulheres

"Nós mulheres somos sensacionais. Não broxamos. Não ficamos caretas. Temos um dia internacional. Podemos sentar de pernas cruzadas, porque não dói. Podemos usar tanto rosa como azul que combina. Temos prioridades em boates e em diversos lugares. A idade não atrapalha o nosso desempenho sexual. Se somos traídas somos vítimas, se traímos ELEs que são cornos. Sempre sabemos que o filho é nosso. Não pagamos a conta, no máximo dividimos. Podemos dormir com a amiga e nem assim somos chamadas de lésbicas. E por último: fazemos tudo que um homem pode fazer, só que de SALTO ALTO."
Taylor de Freitas

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Inventos en la oscuridad

De repente, de un día para el otro, descubren soluciones simples que hubiera sido fantástico conocer mucho antes. Por ejemplo, que los coches pueden funcionar con electricidad. O con luz solar. Hay quienes dicen que funcionan hasta con cocacola tibia, pero no lleguemos a tanto.
Quedémonos em la electricidad, porque Volvo va presentó el primero, y por detrás vienen otras grandes marcas. ¡Con electricidad, y lo dicen ahora! No es una solución más compleja que la gasolina: es mas sencilla. También mas barata y menos nociva. Pero en lugar de descubrirlo hace sessenta años, los señores vienen y lo descubrem ahora. Ahora que las ciudades ya están hasta el cogote de smog, ahora que ya nos gastamos un sueldo entero al año em combustible, ahora que se acaba el petróleo.
Permítanme dudar. Pero cuidado: nos es una duvida sobre la real existencia del invento, ni sobre si funciona bien o mal; es una duda sobre si realmente lo inventaron ahora y no antes. La duda es sobre cuanto tiempo están cajoneados, a oscuras, los avances tecnologicos.
Esta semana, em Suiza, se dio a conocer otro invento increíble por lo simple, por lo necesario. Inventaron um aparitito que permite recargar el celular con el calor del cuerpo. Además, el prototipo se abastece com la diferencia de temperatura entre la fuente de calor y la del ambiente, por lo que no contamina (como las baterias o las pilas).
Y, trás carton, resulta que la fabricacíon de estos generadores es diez veces más barata que lo que venimos usanda hasta hoy. Quien dice recargar el celular dice la computadora portátil, el iPod, etcétera. Es decir: parece que las pilas no eran tan, tan necesárias ¿Cuántas habremos comprado lo largo de nuestra vida ¿Cuántas habremos tirados a la basura con culpa, sabiendo que destruíamos el planeta? ¿Cuántas veces no habrá agarrado del cuello el empleado de seguridad del supermercado, diciendo "qué llevás en el bolsillo"?
Hacer larguíssimas colas para llenar el tanque la noche anterior a un aumento imprevisto; salir a comprar pilas a las tres de la mañana de un domingo para desgrabar una nota; olvidarse el cargador del teléfono en casa, y saberlo en un hotel a mil kilómetros; quedarse sin nafta entre San Clemente y Santa Teresita, caminar y caminar con dos bidones al rayo del sol; chupar esa manguerita infame para sacerle combustible a otro auto, vomitar; quedarse sin batería en el celular em medio de la nada. Todos esos baches de la vida podían haberse evitado.
Pero no: Los señores van presentando sus inventos de a poco, no sea cosa que de golpe nos convirtamos em consumidores felices. Nunca se descubre nada a tiempo, siempre tarde.
Pienso em la valija com rueditas, quizé el invento mas útil del siglo veinte, pero también la prueba de nuestra desidia. Porque la rueda se inventó al final de neolítico, y la valija común en el año 726. Entonces, ¡catorce sgilos estuvimos llevano las valijas en la mano, habiendo ruedas! ¿Por qué tardamos tanto em ponerle bolitas redondas a la vajilas, si las cosas separadas existieron siempre? Lo dicho: nos esconden la felicidad hata último momento.
Hernán Casciari
Escritor Argentino http://orsai.es

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

E nós?

Sempre se busca entender quem é o brasileiro, a sua identidade. Já temos muita gente pra isso (eu acho), portanto, nao me atreverei, mas alguns detalhes precisam ser enfatizados. Fui "ensinado" - não sei por quem - a falar do que vejo, percebo. Um instinto racional. Portanto me sinto habilitado para tais comentários, ressaltando que não há nada de inédito; não se entusiasme.
A questão é: como vivemos em pleno modismo ou de modismos e esquecemos o que nos rodeia. Somos movidos pelo presente e, sobretudo pelo futuro. Isso faz com que, apesar de estranho, o presente se torna quase que automaticamente em passado. Vamos aos temas:
Na política os fatos tem uma facilidade imensa de transformarem-se em passado: Caixa 2 da campanha do Lula, Mensalão, Marcos Valério, Sarney. O Presente já tem cara e problemas de futuro: A divisão dos possíveis lucros do pré sal, Copa do Mundo, os gastos e os "retornos" das Olimpíadas no Rio, e claro, as eleições presidenciais.

Na economia: Redução de IPI que era por pouco tempo já virou bandeira política. A reforma tributária: quando? O Bolsa Família, antes emergencial, agora essencial. Necessário processo político e "criadouro" de brasileiros preguisoços - fora as fraudes. Juros que vão e vem.

A violência a cada dia muda de estilo: bala perdida já tá na moda. Sequestro relampago, filho que mata os pais e vice e versa. Polícia que é bandido. E nós, passivos: desfilamos de camisetas brancas e fincamos cruzes pretas na areia da praia de Copacabana. Seria cômico se não fosse inaceitável.
Teríamos aqui outros diversos temas, mas são recorrentes, repetitivos. Cansariam o apressado leitor.

E nós; ou pelo menos a maior parte de nós. Preocupados com que creme devo passar no rosto, se hoje no almoço como brócolis ou alface com carne branca grelhada. Se o brinca irá combinar com a meia calça que aliás é inteira. Se vou parecer mais ou menos bonito após me "bombardear" na academia. Se o som do meu carro "berra" mais alto - leia-se, incomoda mais - que o do outro. E o mundo?
Este passa, ao lado, revirado: atrocidades, na velocidade do urbano, da cidade. Atinge a todos, independe a idade. Talvez curiosidade, presa fácil pra maldade; inencontrável felicidade. Quantidade versus qualidade. Crueldade? Verdade! Levante-se já é tarde.

Taylor de Freitas

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Só dá valor quando perde"

"Só dá valor quando perde". Esta expressão talvez seja a mais dita e a mais verdadeira no conjunto dos ditados populares. Pode ser aplicada nos mais diversos "setores" da vida humana. Exemplo: A Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, já para 2010, pretende senão extinguir, centralizar e diminuir as vagas para o ensino médio no horário noturno. A explicação é a falta de alunos, de recursos, problemas nas escolas, dentre outros. Culpa da Secretaria? Também. Mas o Estado não está sozinho. Os alunos, muitas vezes protegidos pela família, não valorizam a escola, espaço de aprendizagem. A adolescência "moderna" não tem tempo pra dedicar-se aos estudos, mas como diz o titulo, só irão valorizar quando perderem. A conta é bem lógica e prejudicará, sobrtudo os menos favorecidos. Vivemos no mundo do trabalho: trabalhar de dia, estudar à noite; no entanto sem o ensino médio em horário noturno, ou menos pessoas poderão trabalhar ou menos poderão estudar; conta perniciosa independente de qual seja o resultado. Outro lado da questão, já citada acima é falta de interesse de alunos - e de alguns professores. Aquele estudante que cursa o ensino médio em escola pública não tem qualquer custo, e como é de graça, não se dedica. Ao findar o ensino médio, vai teoricamente estudar os mesmos conteúdos, temas, etc... no cursinho, no qual não falta, no qual a família cobra a presença, resultados. É o ciclo vicioso capitalista. Mais uma prova, talvez, de que o conceito de igualdade proposto pelo socialismo não daria certo. "De graça eu não quero, o negócio é movimentar o capital".
Taylor de Freitas

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Chovendo Desgraças

O Chuveiro tem temperamento, alguns ligam, outros nos devolvem a fé.
A ducha de casa funcionava perfeitamente com exceção de um detalhe: a gota fria no meio da enxurrada quente. Não sei de onde vinha, como vinha.
Era um pingente de lago russo.
No inverno, aquela gota gerava um maremoto de raiva. Quebrava o rítmo aconchegante do calor, desconcentrava o apetite. Eu deixava de saborear o resto da torrente para analisar sua origem intrusa, intrigado com o milagre.
De que maneira a gota furava o aquecimento?
A gota dava um tabefe e sumia. A cada dois minutos. Cronometrava, contava alto.
Mais certeira que cuspe de calha de calha, de ar-condicionado. Tumtum nas costas~. Não havia como escapar dela. Usei touca de plástico, óculos de mergulhador, equipamentos submarinos. Não surtia efeito, o minúsculo lóquido prosseguia com sua acupuntura autodidata.
Tremia ao sair do banho. Sua queda na carne retirava o luxo do banheiro vedado, trancado, com estufa. Era uma porta aberta no corpo.
Acabava com a minha custosa técnica de abrir a torneira no ponto certo, sem a luz despencar. Complciado atingir o limite ideal do registro, firmar o estalido de cofre, acertar a temperatura.
Eu me preparava para a surpresa. Aumentava a sensibilidade para reconhecê-la. Fechava os poros para abri-los assustados.
Vinha como um remédio de criança. Sôfrego. Uma gota de paralisia. Caía lentamente separando as vértebras.
Foram três anos lutando contra o pingo e perdendo. Exigia uma atitude aos pais, conversava com os três irmãos e ninguém notava sua aparição. Não trocaram de aparelho. Ele permaneceu, eu é que abandonei a casa.
Minha adolescência durou menos que o chuveiro elétrico.
Dessa guerra caseira, herdei a sina de não abandonar problemas. Se há uma dificuldade, tenho que resolvê-la no ato. Paro tudo o que estou fazendo e tento consertar. A leve irritação vira ofensa pessoal.
Não suporto uma conta em aberto, uma tarefa inacabada, uma inimizade; maltro-me até resolver as pendências. Mas sempre existe um pedido, uma nova reclamação ou um desentendimento. Ter pressa é nao ter paz.
Bastaria seguir adiante para me acostumar. Mas não, meu medo de esquecer me impede de lembrar. Fico travado, em greve, batendo na mesma tecla, insolente, insatisfeito, renitente, sem sair do lugar do incômodo.
Elimino a sensação de toda água quente que passou pelos ombros para valorizar, uma bolha gélida. Faço com que todas participem de minha mobilização imaginária. Se alguém ficar de fora será mais uma gota a ser combatida.
É uma pequena pontada que tronsformo em dor que elevo em trauma que glorifico em incompreensão.
Interrompi vários momentos bons de minha vida pela birra com um detalhe.
O que me leva a crer que não procurava a falha, criava a falha, me dedicava para que o mal-estar prosperasse e justificasse o meu empenho na briga.
Depois do escândalo, preparava outro escândalo para compensar o despropósito da raiva. Não desistia de argumentar para sustentar o erro.
Não é fácil me desligar.
A gota acentuava tão-somente a minha frieza.


Texto de:
Fabrício Carpinejar - Poeta, escritor, jornalista, autor de: As Solas do Sol, Um Terno de Pássaros ao Sul, Terceira Sede, Biografia de Uma Árvore, 30 segundos, Caixa de Sapatos - Antologia, Cinco Marias, Canalha, dentre outros. www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Violência

Turminha da Coca, após uma festa, se reúne e espanca até a morte uma Pepsi.

Taylor de Freitas

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Democracia? Que fazer?

Que fazer? Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito estufa, do tratamento do lixo às congestões do tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até a consumação dos séculos, esse não se discute. Ora, se não estou em erro, se não sou incapaz de somar dois e dois, então, entre tantas outras discussões necessárias ou indispensáveis, é urgente, antes que se nos torne demasiado tarde, promoverum debate mundialsobre a democracia e as causas da sua decadência, sobre a intervenção dos cidadãos na vida política e social, sobre as relações entre os Estados e o poder econômico e financeiro mundial, sobre aquilo que afirma e aquilo que nega a democracia, sobre o direito à felicidade e a uma existência digna, sobre as misérias e as esperanças da humanidade, ou falando com menos retórica, dos simples seres humanos que a compõem, um por um e todos juntos. Não há pior engano do que o daquele que a si mesmo se engana. E assim é que estamos vivendo.
José Samarago (1922) - Escritor Portugues

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Futebol e as manifestações religiosas

Fala-se na proibição de manifestações religiosas em eventos da FIFA (Federação Inernacional de Futebol). Tal possível medida teria surgido após a final da Copa das Confederações, disputada recentemente na África do Sul e vencida pela seleção brasileira.
Após a vitória por 3 x 2 contra os EUA, jogadores do Brasil teriam se excedido em manifestações religiosas. Quando deveriam comemorar uma vitória esportiva, atletas brasileiros estamparam camisas, flâmulas e declarações do estilo: "Jesus te ama", "Obrigado, Senhor", "100% Jesus", "Deus é vitória" etc.
A polêmica reside no seguinte: a liberdade religiosa, proclamada em nossa Constituição e em todas as nações democráticas, tem que ser ampla. O mesmo direito que assiste a um jogador estampar na camisa "Jesus é 10" permitiria a outro envergar bandeira com os dizeres: "Deus não existe", ou anunciar aos microfones do mundo inteiro que dedica o título "ao Grande Satanás, herói deste mundo", ou "Macumba 100%".
Como reagiriam os organismos ortodoxos das religiões diante de um jogador gritando: "Jesus é uma mentira!!!" ?
Estariam todos amparados pelo direito de livremente se manifestar, de professar a fé (ou falta dela) que bem entenderem.
Daí a intenção em se bloquear manifestações religiosas, de uma espécie ou outra. A liberdade deve ser exercida, desde que livremente por todos, em que pese a redundância desta frase.
Texto de Bruno Quirino: Disponível http://brunoquirino.zip.net

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Educação acima de tudo

Na intenção de não ofender ninguém, na escrita abaixo me preocupei e muito em ser gentil e educado.
Muito bem, talvez ao escrever este texto possa estar creditando o primata(1), mas não irei me hesitar em continuar mesmo que você, ao lê-lo, considere o como um pequeno colóquio soporífero para bovino macho repousar(2).Acompanho diariamente os jornais de todas as espécies. Só se fala em políticos corruptos, problemas, desvios, cabides de emprego, etc. Será que não vai mudar nunca. Fico me perguntando: A questão do Sarney; adoraria ver o eterno senador romper a fisionomia(3), mas pelo jeito, vou mudar de andar e isso não acontece. Se as pessoas tivessem um pouco mais de coragem e engajamento político, seria o momento de derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente(4), de derrubar com a extremidade do membro inferior o suporte central de uma das unidades de acampamento(5), e promover algo de novo.
Os nossos governantes aplicam a contravenção do Sr. João, deficiente físico de um dos membros superiores(6) e o povo se sente obrigado a deglutir o batráquio(7). No auge da minha indignação em relação a esses filhos de uma inocente mãe que presta serviços sexuais a troco de dinheiro(8), deixo uma mensagem: sugiro veementemente a Vossos Excelentíssimos que procure receber contribuições inusitadas na cavidade retal(9). Como isso não deve acontecer nem sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais(10), acho que terei que me conformar e retirar o filhote de equino da perturbação pluviométrica(11), alongar as tíbias(12) pois a fêmea bovina deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço(13).
Taylor de Freitas
LEGENDA
(1) pagando o mico.
(2) historinha pra boi dormir.
(3) quebrar a cara.
(4) chutar o balde.
(5) chutar o pau da barraca.
(6) dar uma de João sem braço.
(7) engolir sapo
(8) filho da P.
(9) vai tomar no c%%%
(10) nem que a vaca tussa
(11) tirar o cavalinho da chuva
(12) esticar as canelas
(13) a vaca foi pro brejo

terça-feira, 28 de julho de 2009

Caderno de Cinema

Para os que gostam da sétima arte - apesar de várias contestações se o cinema seria uma arte, já que é tão somente um aglutinador das primeiras, não sendo possuidor de "uma coluna vertebral" se assim podemos dizer - Henrique Saldanha, semanalmente, escreve no site/blog Caderno de Cinema http://www.cadernocinema.blogspot.com/
Voce irá encontrar relatos sobre filmes além de opiniões e detalhes sobre os mesmos. Recomendo.
Taylor de Freitas

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Deus e o Jardim das Delícias

Já que a comparação que fiz entre missas e comportamentos histéricos em minha coluna da semana passada irritou bastante gente, proponho hoje desenvolver um pouco mais o tema.
Convenhamos que religião e nosso conhecimento do mundo não andam exatamente de braços dados. De um modo geral, virgens não costumam dar à luz (especialmente não antes do desenvolvimento de técnicas como a fertilização "in vitro") e pessoas não saem por aí ressuscitando. Em contextos normais, um homem que veste saias e proclama transformar pão em bife sempre que dá uma espécie de passe seria prudentemente internado numa instituição psiquiátrica. E não me venham dizer que a transubstanciação é apenas um simbolismo. Por afirmar algo parecido --a "impanatio"--, o teólogo cristão Berengar de Tours (c. 999-1088) foi preso a mando da Igreja e provavelmente torturado até abjurar sua teoria. Ele ainda teve mais sorte que o clérigo John Frith, que foi queimado vivo em 1533 por recusar-se a acatar a literalidade da transformação.
Quando se trata de religião, aceitamos como normais essas e muitas outras violações à ordem natural do planeta e à lógica. A pergunta que não quer calar é: por quê?
Ou bem Deus existe e espera de nós atitudes exóticas como comer o corpo de seu filho unigênito ou o problema está em nós, mais especificamente em nossos cérebros, que fazem coisas estranhas quando operam no modo religioso. Fico com a segunda hipótese. Antes de desenvolvê-la, porém, acho oportuno lembrar que a própria pluralidade de tabus ritualísticos depõe contra a noção de Verdade religiosa.
Se existe mesmo um Deus monoteísta, o que ele quer de nós? Que guardemos o sábado, como asseguram judeus e adventistas; que amemos ao próximo, como asseveram alguns cristãos; que nos abstenhamos da carne de porco, como garantem os muçulmanos e de novo os judeus; ou que não façamos nada de especial e apenas aguardemos o Juízo Final para saber quem são os predestinados, como propõe outra porção dos cristãos?
Talvez devamos eliminar os intermediários e extrair a Verdade diretamente nos livros sagrados. Bem, o Deuteronômio 13:7-11 nos manda assassinar qualquer parente que adore outro deus que não Iahweh; já 2 Reis 2:23-24 ensina que a punição justa a quem zomba de carecas é a morte. Mesmo o doce Jesus, fundador de uma religião supostamente amorosa, em João 15:6, promete o fogo para quem não "permanecer em mim".
E tudo isso em troca do quê? A Bíblia é relativamente econômica na descrição do Paraíso, mas o nobre Corão traz os detalhes. Lá já não precisamos perder tempo com orações e preces, poderemos beber o vinho que era proibido na terra (Suras 83:25 e 47:15), fartar-nos com a carne de porco (52:22) e deliciar-nos com virgens (44:54 e 55:70) e "mancebos eternamente jovens" (56:17). O Jardim das Delícias parece oferecer distrações para todos os gostos, mas, se banquetes, prostíbulos e saunas gays já existem na terra, por que esperar tanto... --poderia perguntar-se um hedonista empedernido.
Volumes e mais volumes podem ser escritos para apontar as incoerências e desatinos dos chamados textos sagrados. Se acreditamos que um Deus pessoal chancelou ou ditou cada uma dessas obras, temos, na melhor das hipóteses, um Ser Supremo com transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como personalidade múltipla. Espero que, no fim dos tempos Ele esteja judeu de novo. Tenho um primo que faria bom uso do Paraíso...
Voltando às coisas sérias, uma possibilidade mais plausível é que o chamado cérebro espiritual, os módulos neuronais que criam e processam ideias religiosas, seja menos permeável aos circuitos lógicos. Quem faz uma interessante análise do problema é o médico e geneticista americano David Comings em seu monumental "Did man create God?", uma ampla revisão de quase 700 páginas em que o autor esmiúça o caso de Deus sob todas as vertentes da ciência, em especial a neurologia.
Para ele, ao contrário do mais provocativo Richard Dawkins, a religião dá prazer, foi fundamental na evolução de nossa espécie e só será extinta quando o último homem morrer. Mais importante, Comings acredita que os cérebros racional e espiritual, embora funcionem de modo independente um do outro, podem de algum modo ser conciliados no que o autor chama de "espiritualidade racional". Cuidado aqui, o espiritual é uma esfera que abarca a religião, mas é mais ampla do que ela. Inclui outras tentativas de tocar a transcendência.
Num resumo algo grosseiro da mensagem central de Comings, só o que precisaríamos fazer é admitir que foi o homem que criou a ideia de Deus e escreveu os livros supostamente sagrados. Assim, nenhuma religião é verdadeiramente "a Verdadeira" ou intrinsecamente superior às concorrentes. Já não é necessário que guerreemos para descobrir se é o Deus cristão ou muçulmano que está certo. No limite, entregamos Deus para conservar uma espiritualidade menos belicosa, que nos permita a experimentar a transcendência a baixo custo.
É uma proposta engenhosa, mas, receio, muito difícil, quase impraticável. O monoteísmo já traz em germe a ideia de que existe um único caminho para a salvação e todo os que não o seguem estão condenados. Embora a maioria das pessoas consiga enxergar e valorizar as semelhanças entre os Deuses das várias religiões, sempre emergirão grupos mais intolerantes que exigirão o exclusivismo. Por paradoxal que pareça, não se os pode acusar de irracionais. Eles apenas levam realmente a sério o que está escrito. Numa abordagem puramente lógica, o Deus dos católicos e o de Calvino, por exemplo, não podem estar certos ao mesmo tempo. O conflito é uma decorrência do cérebro racional processando uma ideia espiritual.
É claro que podemos e devemos incentivar posições pró-tolerância como a de Comings. Os níveis de guerras religiosas variaram ao longo das épocas, num processo que certamente tem algo a ver com o modo mais ou menos pluralista utilizado pelos clérigos em suas prédicas. Não devemos, contudo, ser ingênuos a ponto de imaginar que o conflito possa ser extinto. O mundo é um lugar cheio de problemas.
De minha parte, embora ímpio contumaz, também acredito em transcendência. Para mim, ela está em atividades biologicamente inúteis às quais nos dedicamos e atribuímos valor, como literatura, música, pintura, filosofia e, por que não?, teologia. Elas podem ser extremamente prazerosas e, no limite, preencher nossas vidas com um significado que a natureza apenas não lhes dá. Mas não é porque a literatura nos leva à transcendência que devemos achar que Aquiles ou Brás Cubas existem.
Hélio Schwartsman, autor do texto acima, 44 anos , é articulista da Folha de São Paulo. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.E-mail: helio@folhasp.com.br
Suas colunas estão disponíveis em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Casa da Mãe Joana

Trata-se de um livro em que o pesquisador Reinaldo Pimenta busca a origem das palavras e de frases utilizadas no nosso dia a dia. Com tom de humor, Reinaldo nos apresenta a história de vários termos do nosso cotidiano. Através do curioso muito podemos aprender da história do mundo, dos povos, através das palavras.
Aos poucos estarei apresentando alguns termos e palavras. Aguardem.

terça-feira, 30 de junho de 2009

E nós?

"Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada." (Fernando Pessoa)
O que virou do nascer do sol? E a chuva? O que virou de tudo.
Você disse que iríamos ganhar?
E os campos de extermínio? Vamos ter um descanso? Você já parou pra pensar sobre todo o sangue derramado?
Já parou pra pensar que a Terra, os mares estão chorando? O que fizemos com o mundo? Olhe o que fizemos.
E a paz? O que você prometeu a seu único filho? O que virou dos campos floridos?
Vamos ter um descanso?
O que virou de todos os sonhos. Você já parou pra pensar sobre todas as crianças mortas com a guerra?
Eu costumava sonhar, costumava viajar além das estrelas. Agora já não sei onde estamos embora saiba que fomos muitos longe.
O que vai virar do passado? (E de nós?)
Não consigo nem respirar.
E a terra sangrando? E o valor da natureza? E os animais?
Fizemos de reinados, poeira. (E de nós?)
Estamos destruindo os mares. E as florestas? Queimadas, apesar dos apelos.
E a terra prometida? Rasgada ao meio pelos dogmas.
E o homem comum? Não podemos libertá-lo?
E as crianças chorando? Não consegue ouvi-las chorar? (E de nós?)
O que fizemos de errado? E os dias? E toda a alegria?
E o homem? (E de nós?)
É a morte de novo?
A gente se importa?
Earth Song – Canção da Terra – Micheal Jackson – 1958-2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Rubens Barichello e D. Pedro II

Pode até parecer perseguição, mas tudo não só conspira, mas se comprova a favor, ou contra ele. Rubens não consegue ganhar nada. Já teve o melhor carro, a melhor equipe, uma emissora por sua conta (a Globo fez e faz de tudo pra colocar ele em primeiro ). O Sujeito faz aniversário no dia da Tartaruga ( 23 de maio ), quando chega é segundo, na largada é segundo, na equipe é segundo piloto. É vice síndico do prédio onde mora, etc. Em busca de respostas, a USP, juntamente com a Unicamp e o Instituto Universal Brasileiro (aquele antigo que faz todo tipo de curso por correspondência ), através de pesquisas genéticas e uma pesquisa na história familiar do nosso herói concluíram que: Rubens Barrichelo tem alguns parentes que ele prefere não divulgar. Sua árvore genealógica aponta parentesco com Levir Culpi (técnico de futebol), com o vice-governador de São Paulo, que não me recordo o nome. Por fim, nas raízes de sua árvore genealógica foi detectado que RUBENS GONÇALVES BARICHELLO É PARENTE DE D. PEDRO II – QUE FOI O SEGUNDO E ÚLTIMO IMPERADOR DO BRASIL. Será coincidência.
Taylor de Freitas

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A idade dos Países

Li uma vez que a Argentina não é nem melhor nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e ai inventei um truque para descobrir a idade dos paises baseando-me no "sistema cão". Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7. No caso de paises temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Vamos a explicação com alguns exemplares: Argentina nasceu em 1816, assim sendo já tem 190 anos. Se dividirmos estes anos por 14 Argentina tem "humanamente" cerca de 13 anos e meio, ou seja, está na pré-adolescência. É rebelde, se masturba, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne. Quase todos os países da América Latina tem a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul são quatro adolescentes que tem um conjunto de rock. Ensaiam em uma garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco. A Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com Brasil que tem 14 anos e um membro muito grande. México também é adolescente, mas com ascendência indígena. Por isso ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes. No outro extremo está a China milenária. Se dividimos os seus 1.200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, com cheiro a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda - para comprar uma dentadura postiça. A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo de Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana. Depois estão os países que chegaram à maioria de idade e saem com o BMW do pai. Por exemplo, Austrália e Canadá, típicos países que cresceram ao amparo de papai Inglaterra e mamãe França, com uma educação restrita e antiquada, e que agora se fingem de loucos. Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul; enquanto que Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento adota o bebê Groenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão em moda. França é uma separada de 36 anos, mais puta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mônaco, que vai a caminho de ser puto ou bailarino... ou ambas coisas. É a amante esporádica da Alemanha, caminhoneiro rico que está casado com a Áustria, que sabe que é chifruda, mas não se importa. Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gêmeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas agora não quer saber nada de homens. Itália gostaria de ser uma mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (Bélgica também fantasia às vezes com saber preparar espaguete). Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente França se iguale mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). Anda muito com tetudas e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa foder por Inglaterra e depois denuncia. Espanha tem filhos por todas partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles mas perturbam quando tem fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam a geladeira. Outro que tem filhos espalhados é Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com algumas babacas e nove meses depois aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral as ilhas vivem com a mãe, mas Inglaterra as alimenta. Escócia e Irlanda, os irmãos de Inglaterra, que moram no andar de cima, passam a vida bêbados e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família. Suécia e Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão boas de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Trançam e trabalham pois são licenciadas em algo. As vezes fazem um trio com Holanda (quando necessitam maconha); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com Coréia. Aliás, a Coréia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizoide. São gêmeas, mas a do norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida. Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardado de 17 anos, a vigia muito, não por medo, senão porque quer pegar as suas pistolas. Israel é uma intelectual de 62 anos que teve uma vida de merda. Fazem alguns anos, Alemanha, o caminhoneiro, não a viu e a atropelou. Desde esse dia Israel ficou que nem louco. Agora, em vez de ler livros, passa o dia na sacada jogando pedras na Palestina, que é uma mocinha que está lavando a roupa na casa do lado. Irã e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negocio para eles. Agora estão comendo lixo. O mundo estava bem assim, até que um dia Rússia se juntou (sem casar) com a Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos, alguns mongolóides, outros esquizofrênicos. Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, os habitantes sérios do mundo descobrimos que tem um país que se chama Kabardino-Balkaria. Um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna...e até gente! Eu fico com medo de que apareçam paises de pouca idade, assim de repente. Que saibamos por ter ouvido e que ainda tenhamos que fingir que sabíamos para não passar por ignorantes.
Hernán Casciari - escritor argentino

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pérolas do ENEM, Vestibulares, Provões

Sobres os egípcios:
"Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor."
Sobre a física, simplificando-a:
"A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro de unidade de tempo , no sentido contrário"
Sobre a Democracia Grega:
"Na Grécia a Democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de acordo se envenenavam"
Sobre o ser humano:
"O cerumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nós temos que nos unir para realizar parcerias juntos"
Sobre o meio ambiente:
"Não concordo, não ce pode preservar só meio ambiente, é preciso preservar ele todo"
Sobre os Presidentes:
"O Brasil nao teve mulheres presidentes, mas teve várias primeiras damas do sexo feminino"
Sobre matemática na Amazonia:
"Quando desmata, uma vez que se paga uma punição xix, se ganha depois vários xises"
Sobre Geografia:
"A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos"
Sobre a História:
"A História se divide em 4: Antiga, Média, Moderna e Momentanea, que é a mais estudada"
"Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas"
Sobre Administração:
"O objetivo da Sociedades Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas"
Finalizando - Sobre a Bandeira Brasileira:
"Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira"
Taylor de Freitas

Valorizando os artistas da "terra"


Um projeto tramita na Câmara de Vereadores sobre as grandes festas da cidade de Divinópolis-MG, serem abertas com shows de artistas locais. Considero de grande valia pois estes ultimos terão oportunidade de apresentar seu trabalho com boa estrutura, público e emoção. A idéia pode e deve ser copiada por outros municípios. Divinópolis tem grandes artistas nas diversas áreas. Para aqueles que curtem o sertanejo animado (não é o meu caso), a dupla Renato Lima & André vem fazendo ótimo trabalho buscando encontrar seu espaço. Sucessos

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Jogo das Contas de Vidro

"Os espaços, um a um, deviamos
Com jovialidade percorrer,
Sem nos deixar prender a nenhum deles
Qual uma pátria

O Espírito Universal não quer atar-nos
Nem nos quer encerrar, mas sim
Elevar-nos degrau por degrau, nos ampliando o ser
Se nos sentimos bem aclimatados
Num circulo de vida e habituados,
Nos ameaça o sono; e só quem de contínuo
Esta pronto a partir e a viajar
Se furtará à paralisação do costumeiro"
Hermann Hesse, O Jogo das Contas de Vidro - Colaboração Andreza Cristina

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Feitiçaria e Religião: Crime?

Onde acaba a feitiçaria e começa a religião? A primeira é uma crença de sociedades ditas mais primitivas e a segunda o feitiço de outras ditas mais desenvolvidas.
Os feiticeiro entram em transe, fazem sinais cabalísticos, receitam e lançam maus-olhados. Os clérigos exibem roupas trabalhadas, mantos exóticos e, com gestos rituais, distribuem bênçãos e excomunhões. Ambos utilizam-se de rituais e poções as quais atribuem poderes mágicos e ou divinos. Qual seria a diferença entre o corno do rinoceronte e o pão ázimo para fins curativos. Um aumentaria a virilidade o outro fortalece a fé. Os borrifos do hissope são inócuos se a água for potável e as fogueiras dos índios também o são, se não se estender pela floresta.
Crenças são crenças não podem virar crime. Na África, sobretudo na Tanzânia, os feiticeiros atribuem aos albinos virtudes terapêuticas, quando incorporados nas poções para dar sorte e atrair riqueza - uma crença - , mas quando caçam homens e mulheres albinos para lhes extraírem a pele e outros órgãos, a fim de melhorarem a qualidade dos remédios que fabricam - um crime. A obscessão da Igreja contra o o uso do preservativo por "tribos civilizadas" do Vaticano não é uma crença, é um crime contra a saúde pública. Não se pode condenar a fé, a crença. O que tem que ser combatido é a sabotagem à utilização de métodos científicos de prevenção das doenças, de ações que promoveriam o bem social e clínico de um povo.
Considerar bruxa uma mulher não será grave, mas queimá-la, para erradicar a peçonha, como fez a Inquisição, torna a crença em crime e desperta a ira. Isso é inconcebível. Será o contrário até quando?
Nota – Por falar em albinos, que se estima haver cerca de 170 mil na África, nasce 1 em cada 20 mil habitantes na Europa e na América. Na África, nasce 1 em cada 4 mil nascimentos por ser um problema de hereditariedade que se agrava com as tradições endogâmicas.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O homem - Nietzsche

Nós fazemos acordados o que fazemos nos sonhos: primeiro inventamos e imaginamos o homem com quem convivemos para nos esquecermos dele em seguida.
Quem luta com monstros deve velar, por que ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo para um abismo, o abismo também olhará para dentro de ti.
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dúvida: O que é Páscoa?

- Papai, o que é Páscoa?
- Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!
- Igual ao Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Marta, vem cá!
- Sim?
- Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
- Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
- Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Minas Gerais?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que a Ilha da Trindade fica perto do Espírito Santo?
- Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
- Coelho bota ovo?
- Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!
- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era... era melhor, sim... ou então urubu.
- Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia que ele morreu?
- Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.
- Que dia e que mês?
- (???) Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.
- Um dia depois!
- Não, três dias depois.
- Então morreu na quarta-feira.
- Não! Morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!
- Papai, por que amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?
- É que hoje é Sábado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no sábado?
- Claro que não! Se Jesus morreu na sexta!!!
- Então por que eles não malham o Judas no dia certo?
- Ui...
- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim, por quê?
- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
- Ai Coitada!
- Coitada de quem?
- Da sua professora de catecismo!
(Luis Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O que é Pedofilia?

Boa pergunta. Geralmente para as boas perguntas não se encontra resposta prontas. É preciso pensar.
Pela OMS - Organização Mundial da Saúde é um distúrbio psicológico e desvio sexual, uma doença. Para a sociedade um crime. Ou seja uma doença que leva o paciente a cometer um ato criminoso. Simples? Não. Inconcebível. É uma agressão das piores imagináveis. Abusam de crianças que no presente muitas vezes não entendem o que acontece mas que irão se recordar do corrido no futuro próximo. Façamos um exercício. Imagine você, adulto, que por um momento perdeu seu poder de discernimento e é vitima de um agressão. No entanto, no outro dia você começa a ser recordar lentamente dos fatos. Qual seria sua reação. Vingança talvez. Por fim, o que mais me intriga é que esta doença acomete pessoas consideradas até então, de respeito, pregadoras da paz, da fraternidade. Os superiores dos criminosos buscam meios de encobrir seus atos quando deveriam tratá-los. Essas atitudes nos levam ao caminho de cada vez mais desconfiar - para aqueles que confiaram - nas sagradas entidades pregadores e defensoas da justiça, da liberdade e do amor ao próximo.
Taylor de Freitas

Evo Morales em greve de fome

Diferentemente do povo brasileiro, os bolivianos, peruanos, dentre outros, usam manifestações para explicitar seus desejos sociais, políticos e ou defender alguma causa. Desta vez foi Evo Morales, presidente da Bolívia que demonstra sua indiginação. A Bolívia possiu uma Constituição recente e preve que Congressistas e Senadores marquem uma eleição geral. Ai reside o problema. Evo Morales apoiado por indígenas e pela massa tem reprovação da elite e por consequencia dos Senadores. Evo, seus partidários e os indígenas, principalmente defendem uma eleição onde Morales pudesse reeleger-se, já a oposiçã é contrária. Até ai tudo bem, podemos compreender. O que não se entende é a posição do Governo em não permitir um recadastraento de eleitores. Estima-se que pela falta de organização e anteriormente pela falta de interesse dos povos Indígenas pela questão política o cadastro de eleitores não estaria correto e confiável, o que causaria impacto na votação. A Bolívia país de tantos constrastes enfrenta mais uma crise. Dta vez não é povo, mas sim o Presidente que está em greve - de fome. Até quando.

Taylor de Freitas

terça-feira, 31 de março de 2009

E o Futebol Mineiro?

Tem de um a tudo aqui. Clubes incompetente transferindo a responsabilidade para outras pessoas. FMF sendo assaltada. A Competição caminha para a mesma disputa final. Clubes do interior se contentando em ter jogos contra Cruzeiro e Atletico em suas cidades, e pronto. Não dá pra esperar muita coisa. Se não houver uma mudança radical do ponto de vista organizacional, cultural, sem clientelismo e com profissionalismo continuaremos a presenciar a mesmice eterna, sonolenta e ineficaz. O que fazer? Várias são as opções mas todas, invariavelmente depende de vontade e comprometimento, o que me parece faltar em quase tudo nas diversos segmentos da vida em sociedade. E o povo vai se contentanto em ver o Campeonato do Cruzeiro e do Atlético. Tomara que eu me engane.
Taylor de Freitas

quarta-feira, 25 de março de 2009

A 'normalidade' do 'anormal', a violência.

Pensar em violência, é pensar na história da humanidade.
Desde seus primórdios. Seja nas cavernas – em busca do alimento, marcando seu espaço. Passando pela urbanização – na busca do poder, de ser Império - , chegando na metrópole onde tudo se mistura e a violência dita as regras do jogo de viver em sociedade. É a primeira cláusula do Contrato Social.
Muitos são os estudos que procuram entender o porque do uso da força nas suas mais variadas formas pelo homem, contra o homem. Tomas Hobbes, filósofo Inglês nos aponta três motivos principais: Primeiro: competição – seria o uso da violência para “ser senhor” da companheira, companheiros, dos filhos, do gado, do outro. Segundo: a insegurança – a violência como meio de defesa. Terceiro: pela reputação, pela ganância, pelo poder, pela glória.
Jean-Jacques Rousseau afirma que o homem é naturalmente bom, sendo a sociedade culpada pela sua “degeneração” e que somente através de um acordo, um contrato, um Estado todos poderiam viver em paz, sem necessariamente ter de submeter-se a governos e ou governantes.
A prática nos mostra algumas divergências:
Mesmo diante dos contratos, das regras, das leis, da religiosidade, da culpa. O que vemos são sociedades cada vez mais violentas. Seria, senão infindável, extensa a lista de formas e meios em que esta última é empregada. Vai do simples ao absurdo, inaceitável. No entanto, o problema não reside na sua intensidade, crueldade, intencionalidade. O grande mal está na sua naturalização, no tratamento que damos à violência.
Nada nos assusta. Os direitos violados, a injustiça, o desprezo, a discriminação, a violência sexual, moral, física. A negligência, a violência doméstica, psicológica, socioeconômica. Enfim, a violência incorporou-se ao dia a dia.
Enfim, sabemos que ela existe, sabemos que é maléfica, mas, estranhamente vivemos em paz com a violência e a perpetuamos em nossos atos cotidianos.
O ser humano, invejoso, copia; passa a carregar o embrião da violência dentro de si.
E muitas vezes de forma inconsciente, a gente vê, a gente faz.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Crianças se prostituem ou são prostituidas?

O mundo, e por conseqüência o Brasil é feito de momentos, “coisas” que emergem – eles sempre existiram – e vêem à tona despertando interesse de todos e de tudo – deveria despertar mais que interesse. Tem a vez da violência, da política, dos desastres naturais, da pobreza, e por ai vai. A prostituição de crianças se encaixa perfeitamente neste contexto e precisa, se não extinta, sendo eliminada mesmo que aos poucos. De início temos de nos esforçar para responder a pergunta que intitula este artigo: Elas, as crianças se prostituem ou são prostituídas? Vou tentar não responder, mas talvez criar mais perguntas.
A sociedade, não só brasileira, mas de todo o mundo é marcada pela desigualdade social, falta de oportunidades, de cultura, de visão de mundo, que vem se acentuando como podemos verificar na cronologia histórica. Vamos nos ater, porém, ao país em que vivemos e portanto podemos observar a realidade de perto – somos atores e expectadores dessa realidade.
O povo – do latim, populu,: refere-se a um grupo de seres humanos unidos por um fator comum, tal como a nacionalide , cor da pele, religião, país, etc. Uma outra acepção, agora política, da palavra povo é usada para significar àquela grande parte da população de uma nação que não tem posição de poder político. Nesta acepção contrapõem-se á palavra elite – principalmente os residentes em posições geográficas, culturais e econômicas menos atrativas do ponto de vista governamental, muitas das vezes, em uma mistura de necessidade, desinteresse, falta de informação permitem que suas – talvez nossas - crianças sejam colocadas a venda em um mercado não promissor, mas sim degradante para condição humana de ser. Pois bem, já podemos chegar a uma conclusão: a questão é social, está ligada a injustiça, a desigualdade, ao governo – ou a ausência dele – a pobreza. Não é o bastante; a conclusão acima nos leva a novas reflexões acerca do problema. Poderíamos aqui esboçar diversas causas para a conseqüência, o que seria um processo simples, “saberíamos de cor”: como já dissemos, o problema social, da desigualdade, da impunidade, da facilidade encontrada por estrangeiros que habitam de quando em vez nosso país em busca do turismo sexual a preços populares, no entanto, diante de muitos que têm se ser resolvidos, a consciência de cada um que faz parte desse processos precisa ser revista, e não nos enganemos, é talvez tarefa mais difícil dentre todas. Barrar aquele que alimenta – em todos os sentidos que a palavra possa ter – essa troca de interesses desigual – você, criança me fornece prazer, e eu, te forneço um dia a mais de comida no prato, se é que há pratos – onde mais do que um ato de violência, comete-se algo inadmissível na sociedade em que vivemos.
Quem financia a prostituição infantil é aquele que se deixa levar por algo que de certo ponto podemos considerar insano, possuir uma criança e a baixo custo. Necessário é que haja uma conscientização ampla sobre o assunto para darmos início a um processo longo que propiciará uma nova forma de ver e respeitar o outro nas suas dificuldades e não delas aproveitar. Quem sabe tratemos bem nossas crianças e em futuro bem próximo tenhamos mulheres dignas para serem mães não só de nossos filhos, mas do mundo, em uma sociedade não utópica mas ao menos perto daquilo que todos desejamos, oportunidades para sermos nós mesmos.

Taylor de Freitas

segunda-feira, 9 de março de 2009

Enfim, cadê Deus

Quantos são os povos demasiadamente religiosos. O Brasil, a América Latina atende este perfil. Países em condições miseráveis como a Nicarágua, vários países afrianos, região Andinas, dentre outros. Sempre me questiono no pensamento de séculos e milênios de religiões portadores da fé, catequizadores, portadoras da verdade e que contrariam cotidianamente os ensinamentos dos seus deuses. Isso causa nas pessoas a imensa dificuldade de aventar a possibilidade da inexistência de um Deus ou de deuses, ou ao menos criar indagações que levariam, talvez, a percepção de que este foi criado pelo próprio homem, tal como o tempo enquanto calendário, a ética a moral. Não podemos também ser totalmente relativos. A ordem é respeitar os outros, inclusive e sobretudo os que pensam diferente. Simplesmente: respeito.
Raul Seixas cantava: " Minha mãe me disse a tempo atrás, filho onde 'cê' for Deus vai atrás, Deus tá vendo tudo que 'cê' faz, mas eu nao via Deus, achava assombração, eu tinha medo"
Diante de alguns fatos, me pergunto:
Cadê Deus?
Os deuses do Olimpo?
Os deuses Egípcios?
Os deuses Sumérios?
Os deuses Africanos. Onde estavam quando o homem branco escravizou seu povo?
Os deuses Astecas quando Cortez os massacrou com um punhado de homens, porque não se mostrou pela bondade que lhe é atribuida?
E Jeová, onde estava quando Hittler massacrou milhões de Judeus?
E Alá que nada fez para salvar as crianças Libanesas e Palestinas dos mísseis de Israel?
E o Deus cristão que nada fez, ou faz, para dentre tantas, diminuir a condição miserável de crianças brasileiras, uma das maiores nações cristãs do mundo?
Os Hindús. Seus deuses não deveriam permitir que vivessem em condições desumanas.
Onde estarás o Deus bíblico que aparecia em nuvens e plantas ardentes, abria mares, fazia estátuas de sal e agora só parece querer falar com esquizofrênicos, fracos. Só se comunica com escolhidos?
Enfim, cadê Deus?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Censura a Imprensa ou "fabricação" de um Novo Presidente

É sabido que as grandes redes da mídia tem grande poder e fazem o uso dele. No entanto é importante estar atento ao que se divulga, porque se divulga, e para que se divulga. A rede de TV Current (EUA) divulgou matéria onde afirma que o governo de Aécio Neves domina a mídia mineira para que somente as coisas boas de sua gestão sejam veiculadas. Fiquem atento e busque nas frestas formas de se informar. O Brasil teve uma experiencia não agradável quando as notícias ficavam restritas ao "Caçador de Marajás", o jovem salvador da pátria. Deu terra.
A matéria jornalística pode ser vista ou no Youtube, legendado, ou no original em Inglês no próprio site da Current TV.

Current: http://current.com/items/88952525/gagged_in_brazil.htm
YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=R4oKrj1R91g
Informações retiradas do Blog do Bruno Quirino - http://brunoquirino.zip.net

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button

Tempestades, terremotos anunciados, raios que caem. Certezas, incertezas, alegrias revestidas de tristezas, tristezas revestidas de alegria. Um beija-flor; que semelhança teria esta ave à vida do homem. Velocidade da luz, enquanto haja luz.
O Curioso Caso de Benjamim Button: filme adaptado do conto de F. Scott Fitzgerald, de 1920. Um homem que nasce aos 80 anos e rejuvenesce. A princípio, os outros passam ele fica, mas para uma subida, uma descida. Aproveite então o encontro, o pináculo.
Taylor de Freitas

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cruzeiro x Atlético

Frase de um telespectador, participando do Programa Bem Bolado, da TV Candidés:

" cruzeiro e atlético é igual o Chaves: todo mundo já sabe o que vai acontecer mas assiste assim mesmo"


O Programa Bem Bolado vai ao ar ao vivo todos os domingos as 21:00Hs na Tv Candidès, canal 13 em Divinópolis-MG, com Heverton Guimarães, Taylor de Freitas, Mateus Souza e Bruno Quirino.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Aprendendo com as conquistas

Por mais que na vida tenhamos momentos difíceis, de ingratidão, temos vitórias, conquistas. Ficamos a pensar o que dizer nestes momentos. Agradecer, comemorar, compartilhar, ou manter-se em silêncio. Todas estas manifestações seriam dignas diante do caminho que fora percorrido.
No entanto, para além da alegria da vitória o momento também requer reflexão, conscientização. Momento de sonhar, de reinventar nós mesmos. De contrariar o Brasil e fazer com que nossos sonhos se realizem.
Momento de ter a incumbência de disseminar, de forma respeitosa e coerente, o conhecimento que adquirimos no processo vitorioso e de buscar novas interações culturais, étnicas, sociais.
No percurso talvez tenhamos encontrado soluções para perguntas anteriores ou acrescentado mais perguntas que respostas ao nosso repertório. No entanto, expandimos nosso universo de conhecimento, de amizades, certezas e incertezas. O que será isso senão a vida?A conquista, a vitória, precisa ser o motor para novas etapas pois, o homem, tal como aprendeu a voar como pássaros, a nadar como peixes, precisa persistir no aprendizado de viver como irmãos. Ainda é tempo, ainda há tempo. É preciso ter sempre o necessário.
(Taylor de Freitas)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Profecia

A ultima frase do Pastor:

"... e se eu estiver mentindo, que o teto caia sobre minha cabeça".(Retirado do Blog do Bruno Quirino - http://brunoquirino.zip.net)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Lá vou eu aqui de novo

Lá vou eu aqui de novo falar de mim, por que não consigo mas falar de ninguém.
Lá vou eu aqui de novo tentando me conhecer, porque sei que a gente não conhece ninguém.
Acabei de tomar meu Diempax, meu Valium 10 e um Triptanol 25, e a chuva promete não deixar vestigios.
Eu olho a janela, e quando vou percebendo não sei se sinto saudade ou se eu não tenho medo de morrer. Mergulho no baú. Revejo, repasso as minhas teorias, fico me perguntando por que eu não choro e qual a última vez que chorei.
Com raiva de minha bobagem levanto e fico achando que o ser humano é engraçado.
(Raul Seixas)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Bolivia, Peru, Machu Picchu.

Tenho como o opinião que é importante compartilhar com outros as nossas experiências sejam boas ou ruins. Muitos veem isto como uma forma de querer destacar-se sobre o outro - em outros modos, querer aparecer. Discordo. Sou adepto da idéia que ao ponto que alguém lhe infor, conte algo, mesmo que a imaginação do narrador de grandes saltos, é importante ouvir e aprender de alguma forma. O que mais importa ai, é o seu poder de discernimento em perceber o que vai e o que não vai lhe interessar.
Pois bem, pensado assim, e devido a alguns pedidos de dicas sobre a viagem que, eu e meus companheiros historiadores fizemos pela Bolívia e Peru nos meados de 2008, deixarei aqui algumas impressões e desde já estando a disposição para auxiliar aos que pretendem fazer o mesmo. Recomendo.

Foram 23 dias. Saímos de Divinópolis e fomos até Machu Picchu, também chamada de cidade perdida - já encontrada - do Império Inca. Os 9.600 Km que percorremos foam todos por terra e água - onibus, jardineiras, barco e caminhada na altitude.

Os maiores desafios da viagem estão em relação ao transporte - o transporte público Peruano e sobretudo Boliviano é de uma precariedade preocupante. Poucas são as empresas que oferecem segurança. A alimentação muito gordurosa nos concedeu uns kilos a mais. Destaque para o bife de llhama e o milho. A terra é tão boa para o desenvolvimento dos milharais que o grão é do tamanho de uma azeitona.

Outro incomodo marcante e presente é a altitude. É meio difícil de relatar pois é do tipo "ver pra crer". Andar 50 metros ou subir dez degraus é muito cansativo, além de estarmos sempre expelindo sangue pelo nariz - a altitude aumenta a pressão arterial. A solução: mascar folhas de coca que não tem um gosto muito agradável.

Devido ao planejamento de um ano para a realização deste trajeto, não tivemos grandes problemas. Havia preocupação em relação a violência, assaltos, a viagem no "Trem da Morte - tem esse nome devido a uma epidemia de Febre Amarela onde os passageiros do Trem, unico meio de transporte no local, já chegavam sem vida quando viajavam em busca de tratamento. A violência lá, se é que podemos chamar de violência, está nos povos simples, de raízes indígenas que reivindicam sua terra, para viver tranquilamente. Eles demonstram pavor a governos. Querem simplesmente, conforme nos relatou um nativo, viver como viviam os seus antepassados, dizimados pela invasão Espanhola.

Vale lembrar qua a famosa Machu Picchu é somente um dos locais a ser visitado. O Império Inca, a Bolívia com suas belezas naturais e seu povo, tem bem mais a oferecer; lugares de arquitetura impressionante que supera a Cidade Perdida dos Incas.
Sta Cruz de La Sierra, Cochabamba, La Paz, Copacabana, Puno, Cuzco, Aguas Calientes, Ilha do Sol, Ilha de Uros no Lago Titicaca são alguns dos locais que conhecemos.

O GRANDE aprendizado desta viagem está no contato com o outro, o diferente. O carisma e o modo como fomos tratados pelos peruanos e bolivianos, bem como pessoas de outros lugares do mundo com as quais "topamos" não é passível de descrição. É uma experiência que deveria ser obrigatória a todo ser. Sair de seu habitat natural e cair na `zona de contato´ frente a frente com o diferente. Bem mais do que aprender do outro, tenha a certeza que aprenderá mais de você mesmo.

Citando Paulo Coelho, " Viajar é a experiência de deixar de ser quem você se esforça para ser, e se transformar naquilo que você é". Assim, fechei meus olhos para ver melhor.

Nossos agradecimentos especiais as empresas que nos apoiaram nessa empreitada:
São Joao de Deus Saúde, Alumínios Alvorada, Dep. Federal Antônio Roberto, CS Estamparia, Plástico e TV Alterosa.
Agradecemos aqueles que acompanharam nossa viagem, seja através do blog ou através dos boletins. Em especial ao amigos Wingrathys, Vanessa, Pedro, Bobby Fonseca, Prof. João Pires, Prof Adalson, Prof Miriam, Lisandra, Ismael Pedraza (Ferroviária Oriental), a Fernanda que trabalhou na retaguarda no Brasil e ao garoto Denis (Porto Guijarro-Bolívia) que provavelmente não lerá este texto, mas foi nosso primeiro e importante `amuleto e combustível´ para a viagem. Aos nossos familiares que sempre nos apoiaram apesar da preocupação.

Três projetos ainda me restam. A escrita de um livro para o qual os rascunhos estão prontos. O roteiro e edição do documentário e uma próxima viagem por outros países da América Latina, preferencialmente com os mesmos companheiros.
Recomendo esta e outras. Dicas, informações, contatos, curiosidades, deixe seu comentário no blog ou envie e-mail: taylor.divi@hotmail.com

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Clique Aqui e acompanhe os relatos da viagem, passo a passo.