segunda-feira, 15 de março de 2010

O que for, quando for, é que será o que é

Quando vier a primavera, se eu já estiver morto, as flores florirão da mesma maneira e as árvores não serão menos verdes que na primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme ao pensar que minha morte não tem importância nenhuma. Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; e gosto porque assim seria mesmo se eu não gostasse .
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro (1889-1915) poeta Português