sábado, 31 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Lá vou eu aqui de novo
Lá vou eu aqui de novo falar de mim, por que não consigo mas falar de ninguém.
Lá vou eu aqui de novo tentando me conhecer, porque sei que a gente não conhece ninguém.
Acabei de tomar meu Diempax, meu Valium 10 e um Triptanol 25, e a chuva promete não deixar vestigios.
Eu olho a janela, e quando vou percebendo não sei se sinto saudade ou se eu não tenho medo de morrer. Mergulho no baú. Revejo, repasso as minhas teorias, fico me perguntando por que eu não choro e qual a última vez que chorei.
Com raiva de minha bobagem levanto e fico achando que o ser humano é engraçado.
(Raul Seixas)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Bolivia, Peru, Machu Picchu.
Tenho como o opinião que é importante compartilhar com outros as nossas experiências sejam boas ou ruins. Muitos veem isto como uma forma de querer destacar-se sobre o outro - em outros modos, querer aparecer. Discordo. Sou adepto da idéia que ao ponto que alguém lhe infor, conte algo, mesmo que a imaginação do narrador de grandes saltos, é importante ouvir e aprender de alguma forma. O que mais importa ai, é o seu poder de discernimento em perceber o que vai e o que não vai lhe interessar.
Pois bem, pensado assim, e devido a alguns pedidos de dicas sobre a viagem que, eu e meus companheiros historiadores fizemos pela Bolívia e Peru nos meados de 2008, deixarei aqui algumas impressões e desde já estando a disposição para auxiliar aos que pretendem fazer o mesmo. Recomendo.
Foram 23 dias. Saímos de Divinópolis e fomos até Machu Picchu, também chamada de cidade perdida - já encontrada - do Império Inca. Os 9.600 Km que percorremos foam todos por terra e água - onibus, jardineiras, barco e caminhada na altitude.
Os maiores desafios da viagem estão em relação ao transporte - o transporte público Peruano e sobretudo Boliviano é de uma precariedade preocupante. Poucas são as empresas que oferecem segurança. A alimentação muito gordurosa nos concedeu uns kilos a mais. Destaque para o bife de llhama e o milho. A terra é tão boa para o desenvolvimento dos milharais que o grão é do tamanho de uma azeitona.
Outro incomodo marcante e presente é a altitude. É meio difícil de relatar pois é do tipo "ver pra crer". Andar 50 metros ou subir dez degraus é muito cansativo, além de estarmos sempre expelindo sangue pelo nariz - a altitude aumenta a pressão arterial. A solução: mascar folhas de coca que não tem um gosto muito agradável.
Devido ao planejamento de um ano para a realização deste trajeto, não tivemos grandes problemas. Havia preocupação em relação a violência, assaltos, a viagem no "Trem da Morte - tem esse nome devido a uma epidemia de Febre Amarela onde os passageiros do Trem, unico meio de transporte no local, já chegavam sem vida quando viajavam em busca de tratamento. A violência lá, se é que podemos chamar de violência, está nos povos simples, de raízes indígenas que reivindicam sua terra, para viver tranquilamente. Eles demonstram pavor a governos. Querem simplesmente, conforme nos relatou um nativo, viver como viviam os seus antepassados, dizimados pela invasão Espanhola.
Vale lembrar qua a famosa Machu Picchu é somente um dos locais a ser visitado. O Império Inca, a Bolívia com suas belezas naturais e seu povo, tem bem mais a oferecer; lugares de arquitetura impressionante que supera a Cidade Perdida dos Incas.
Sta Cruz de La Sierra, Cochabamba, La Paz, Copacabana, Puno, Cuzco, Aguas Calientes, Ilha do Sol, Ilha de Uros no Lago Titicaca são alguns dos locais que conhecemos.
O GRANDE aprendizado desta viagem está no contato com o outro, o diferente. O carisma e o modo como fomos tratados pelos peruanos e bolivianos, bem como pessoas de outros lugares do mundo com as quais "topamos" não é passível de descrição. É uma experiência que deveria ser obrigatória a todo ser. Sair de seu habitat natural e cair na `zona de contato´ frente a frente com o diferente. Bem mais do que aprender do outro, tenha a certeza que aprenderá mais de você mesmo.
Citando Paulo Coelho, " Viajar é a experiência de deixar de ser quem você se esforça para ser, e se transformar naquilo que você é". Assim, fechei meus olhos para ver melhor.
Nossos agradecimentos especiais as empresas que nos apoiaram nessa empreitada:
São Joao de Deus Saúde, Alumínios Alvorada, Dep. Federal Antônio Roberto, CS Estamparia, Plástico e TV Alterosa.
Agradecemos aqueles que acompanharam nossa viagem, seja através do blog ou através dos boletins. Em especial ao amigos Wingrathys, Vanessa, Pedro, Bobby Fonseca, Prof. João Pires, Prof Adalson, Prof Miriam, Lisandra, Ismael Pedraza (Ferroviária Oriental), a Fernanda que trabalhou na retaguarda no Brasil e ao garoto Denis (Porto Guijarro-Bolívia) que provavelmente não lerá este texto, mas foi nosso primeiro e importante `amuleto e combustível´ para a viagem. Aos nossos familiares que sempre nos apoiaram apesar da preocupação.
Três projetos ainda me restam. A escrita de um livro para o qual os rascunhos estão prontos. O roteiro e edição do documentário e uma próxima viagem por outros países da América Latina, preferencialmente com os mesmos companheiros.
Recomendo esta e outras. Dicas, informações, contatos, curiosidades, deixe seu comentário no blog ou envie e-mail: taylor.divi@hotmail.com
Clique Aqui e veja algumas fotos da viagem
Clique Aqui e acompanhe os relatos da viagem, passo a passo.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Os Perigos do Elogio
De forma geral, quando se elogia se quer algo, e esse “querer algo” não está ligado somente a interesses negativos, mas sim positivos: querer ser agradável, amável e de reconhecer qualidades nos outros.
O grande perigo, se assim podemos chamar, está em quem recebe e de como esse quem recebe o elogio, como irá usá-lo ou interpreta-lo.
A inconsciência toma conta dessa relação, quando se dispara um elogio, não se tem a mínima noção dos impactos que causarão no receptor no exato momento em que o tiro encontra o alvo. Extremamente necessário é saber se posicionar com consciência para não causar danos, quando a intenção seria o contrário. Um elogio nunca deverá ser puro, mas sim revestido de uma lição, de um incentivo, ou até mesclado a uma crítica, que pelo contexto se tornará com certeza construtiva. Agradar por agradar não vale a pena, e tendo como premissa que o homem enquanto sujeito é um ser plural, isto é, vez aceita, vez rejeita, o simples disparo de um elogio somente como forma de agradar, pode propiciar que haja, por parte do elogiado, a criação da falsa verdade, seria como mentir para si mesmo e acreditar na sua própria mentira, ou como diria Afrânio Peixoto: “Os elogios são como a moeda falsa, que não empobrece a quem despende, mas ilude sempre a quem recebe." Não estou aqui lhe aconselhando que nunca elogie, pelo contrário, o faça todos os dias, desde que se sinta bem, mas vamos fazer inovações, dispara-los com precisão e consciência, dessa forma o a munição será o incentivo, auto-estima e reconhecimento, fazendo do alvo um receptor ciente do seu papel e valor, não aceitando um simples muito bem mas, sendo crítico de si mesmo, em busca do crescimento e nunca da acomodação. É isso aí
O grande perigo, se assim podemos chamar, está em quem recebe e de como esse quem recebe o elogio, como irá usá-lo ou interpreta-lo.
A inconsciência toma conta dessa relação, quando se dispara um elogio, não se tem a mínima noção dos impactos que causarão no receptor no exato momento em que o tiro encontra o alvo. Extremamente necessário é saber se posicionar com consciência para não causar danos, quando a intenção seria o contrário. Um elogio nunca deverá ser puro, mas sim revestido de uma lição, de um incentivo, ou até mesclado a uma crítica, que pelo contexto se tornará com certeza construtiva. Agradar por agradar não vale a pena, e tendo como premissa que o homem enquanto sujeito é um ser plural, isto é, vez aceita, vez rejeita, o simples disparo de um elogio somente como forma de agradar, pode propiciar que haja, por parte do elogiado, a criação da falsa verdade, seria como mentir para si mesmo e acreditar na sua própria mentira, ou como diria Afrânio Peixoto: “Os elogios são como a moeda falsa, que não empobrece a quem despende, mas ilude sempre a quem recebe." Não estou aqui lhe aconselhando que nunca elogie, pelo contrário, o faça todos os dias, desde que se sinta bem, mas vamos fazer inovações, dispara-los com precisão e consciência, dessa forma o a munição será o incentivo, auto-estima e reconhecimento, fazendo do alvo um receptor ciente do seu papel e valor, não aceitando um simples muito bem mas, sendo crítico de si mesmo, em busca do crescimento e nunca da acomodação. É isso aí
(Taylor de Freitas)
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Leia com atenção e se encontre.
O automóvel corre, a lembrança morre, o suor escorre e molha a calçada
A verdade na rua, a verdade no povo, a mulher toda nua, mas nada de novo
A revolta latente que ninguém vê, e nem sabe se sente. Pois é, prá que?
O imposto, a conta, o bazar barato. O relógio aponta o momento exato.
Da morte incerta a gravata enforca, o sapato aperta, o país exporta
E na minha porta ninguém quer ver, uma sombra morta. Pois é, prá que?
A fome, a doença o esporte a gincana, a praia compensa o trabalho a semana
O chopp, o cinema, o amor que atenua. Um tiro no peito o sangue na rua.
A fome, a doença não sei mais porque, que noite, que lua meu bem, prá que?
O patrão sustenta o café, o almoço. O jornal comenta um rapaz tão moço.
O calor aumenta, a família cresce. O cientista inventa uma flor que parece.
A razão mais segura prá ninguém saber de outra flor que tortura...
No fim do mundo tem um tesouro, quem for primeiro carrega o ouro.
A vida passa no meu cigarro quem tem mais pressa que arranje um carro.
Prá andar ligeiro sem ter porque, sem ter prá onde, pois é, prá que?Pois é, prá que?Pois é!
(Música e poesia de Sidney Muller)
A verdade na rua, a verdade no povo, a mulher toda nua, mas nada de novo
A revolta latente que ninguém vê, e nem sabe se sente. Pois é, prá que?
O imposto, a conta, o bazar barato. O relógio aponta o momento exato.
Da morte incerta a gravata enforca, o sapato aperta, o país exporta
E na minha porta ninguém quer ver, uma sombra morta. Pois é, prá que?
A fome, a doença o esporte a gincana, a praia compensa o trabalho a semana
O chopp, o cinema, o amor que atenua. Um tiro no peito o sangue na rua.
A fome, a doença não sei mais porque, que noite, que lua meu bem, prá que?
O patrão sustenta o café, o almoço. O jornal comenta um rapaz tão moço.
O calor aumenta, a família cresce. O cientista inventa uma flor que parece.
A razão mais segura prá ninguém saber de outra flor que tortura...
No fim do mundo tem um tesouro, quem for primeiro carrega o ouro.
A vida passa no meu cigarro quem tem mais pressa que arranje um carro.
Prá andar ligeiro sem ter porque, sem ter prá onde, pois é, prá que?Pois é, prá que?Pois é!
(Música e poesia de Sidney Muller)
O mundo do futebol - fora da realidade
É bem complicado reparar o cotidiano, aqui, ali, no mundo. Crise nas bolsas - e nos bolsos. Bancos sendo socorridos. Doações para os atingidos pelas chuvas. A violência, a pobreza, e muito mais. Paralelo e alheio a isso, esta o mundo, ou parte do mundo do futebol. Salários exorbitantes, transações milhonárias. Kaká, Ronaldinhos, Fred, Robinho são alguns que podem nos contar algo. Este esporte sedutor com certeza dá resultados financeiros aos investidores, mas mesmo contrariando muitos, aposto na idéia de que algo, alguém, deveria regulamentar e regular estes processos. Do contrário, o esporte popular se tornará cada vez mais o esporte da elite. Com tantos custos para adquirir e manter atletas, é obvio que alguém tem que pagar esta conta. Quem será?
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
A América Latina - visão do Brasil.
Os brasileiros, de forma geral, sentem uma mistura de raiva com inveja dos Estadunidenses (aquele que nasce no Estados Unidos). No mundo da mídia são melhores, mais desenvolvidos, mais inteligentes, mais ricos, e alguns outros "mais".
Já quando olhamos para a América Latina, achamos que somos os EUA deles, ou seja: em relação aos países Latinos o Brasil se considera o melhor, o mais preparado, e por ai vai. Do ponto de vista de alguns aspectos não podemos desconsiderar que os países se diferenciam. Tomamos como exemplo a tecnologia, a indústria, a riqueza.
O que não pode ser admitido é o processo de hierarquização cultural, de costumes, de modos de vida. A Bolívia, Peru são exemplos. Seu povo simples quer somente viver em sua casa, com seu pedaço de terra. Plantar e colher batata e milho, além de criar as ovelhas e llhamas nos Andes.
O que nós, na maioria das vezes buscamos, pra eles não tem nenhum valor.
Esta diferença de pensamento, de ideal de vida, não é possível de ser medida. Somente observada e respeitada.
O que nos falta? Respeitar o outro em sua liberdade, sem querer explicá-la ou entende-la até porque "liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda" (Cecília Meireles)
Acesse o blog: http://oeste.inca.zip.net/ e obtenha informações sobre viagem realizada pela Bolívia e Peru em Junho/Julho de 2008.
Foto - Taylor de Freitas, Lago Titicaca, Copacabana, Bolívia
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