sábado, 31 de agosto de 2013

Hungria com destino a Polônia - Agosto/2013

Uma das histórias mais interessantes ocorreu justamente no dia que tive mais problemas durante minha estadia na Hungria. Primeiro confirmar que gostei muito de Budapeste onde fiquei hospedado em um apartamento estilo a "Vila do Chaves". Sempre faço o seguinte: quando chego na cidade já procuro comprar minha passagem de ida para o próximo destino para não ter surpresas, até porque já
O trem no qual eu viajei não era esse, era mais simples
tinha informações que sair da Hungria não oferece muitos horários, principalmente pra mim que iria para o interior da Polônia. Nos 3 dias que fiquei lá foram em busca de um ônibus, um trem, um camelo que me levasse a Kraków na Polônia. Os ônibus estavam esgotados os poucos horários então lá vamos nós em busca do trem. Fui na estação e poucas pessoas falavam Ingles, fui então encaminhado para um setor, la dentro da Estação de trem onde me atenderiam em Ingles e com mais rapidez pois a fila era enorme. Depois de muita luta e pagando caro por ser de ultima hora ( foi a passagem mais cara que paguei na Europa, cerca de R$ 350,00 0 passagem comprada. Fiquei meio desconfiado e sabia que algo estava errado ali. Voltei na senhora e perguntei novamente se aquele ticket me levaria até a Cracóvia, se era direto, seu eu precisava fazer algo mais. Ela me disse que estava perfeito e me desejou boa viagem. Desconfiado que sou no dia da viagem cheguei 1:30hs antes do horário pois pressentia algo errado. Perguntei novamente a outra atendente - eu ia dizer mal educado, mas vamos dizer que para ela não era um dia bom, me tratou mal, fiquei triste, mas fazer o que, rs - ela também disse que estava quase tudo bem, mas que eu deveria ter feito a reserva. Como eu não tinha feito, pedi a ela que fizesse então. A danada me respondeu que não havia mais. O desespero começou a bater e quando o trem de muitos vagões chegou lá ia eu buscar informações. Coloquei a Fernanda em um vagão e disse: fique ai, pra algum lugar nós vamos. Sai perguntando de vagão em vagão e todos mal educados me diziam que não tinha como eu chegar na Cracóvia. Ouvi o primeiro apito e apareceu um garoto que trabalhava no trem que me disse que para ir a Cracovia eu deveria reservar no vagão cama, mas eu não tinha reserva e não tinha mais como fazer, estava lotado. Me orientou que entrasse num determinado vagão ( por sorte era o que a Fernanda estava ) e desembarcasse em Katowice
, no interior do interior da Polônia e pegasse outro trem até chegar em Kraków. Assim foi. Entrei, o trem partiu e nós sem lugar pra sentar fomos revezando espaços até descer, pegar outro trem ( este ultimo caindo os pedaços e chegar no Destino ). Pra salvar a viagem, sentei ao lado de uma garota, Rita, que é Húngara, trabalha no Governo da Eslováquia vendendo computadores pro mundo, vai entender. Em nossa conversa me disse que seus pais formavam um casal de alemães e húngaros e que sua vó era sobrevivente de Auschwitz, meu próximo destino. Assunto guerra na casa dela: proibido. Rasgamos um longo papo. Era o início de uma viagem regada a azeitona ( a fome apertou, não tinha o que comer e nem onde comprar, achei um pacotinho de azeitona na mochila que fez a alegria até chegarmos ao Terminal em Kraków. Vida, ou melhor, viagem que segue.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Republica Checa - Cerveja e Joelho de Porco - Agosto/2013

Tem sempre uns lugares que você diz. Um dia eu volto lá. Praga na República Checa é um destes lugares. Ficamos hospedados no Residence Tabor que não é na área central. Fiquei meio assustado quando cheguei na rua do Hotel. Era um domingo e estava meio deserto. Aquelas construções antigas, tudo muito feio. Ficou só na primeira impressão, que foi errada. O Hostel era muito bom, pessoal super simpático, vários bondes faziam parada na porta do Hostel.
 
Dai pra frente foi só alegria. Pudemos explorar a cidade de cabo a rabo. Acho que nunca andei tanto assim. Pra melhorar, o custo é bem aceitável, de tudo. Cerveja a vontade e joelho de porco com pepino e uns molhos. Praga também ainda guarda recordações da Guerra e do comunismo. Becos, ruas estranhas, e um clima agradável com pessoas sempre prontas a te ajudar. Contratamos um Tour - contratar é o modo de falar pois era gratuito - e lá fomos nós ouvir as Histórias e Estórias de Praga em Espanhol, sobretudo do Relógio Astrônomico e da Igreja que ainda guarda partes da destruição da Guerra. Com um transito tranquilo feito e com um transporte público praticamente perfeito não usamos Taxis em nenhum momento. Tudo feito a pé, de Bonde e Metro. Muitas fotos, algumas amizades - Felipe, Carol e Ana foram as marcantes. Restaurantes, praças, bebidas e comidas. Além disso, de Praga foi possível ir a Terezin - que foi usado como forte de Guerra na 1. Guerra Mundial, prisão de comunistas e Campo de Concentração - não extermínio - na 2. Guerra. Mais sobre Terezin em outro post. Voltando a Praga, a passagem por vá foi tão boa que cheguei em Praga, fui pra outros países e na mesma viagem, 17 dias depois lá estava eu em Praga novamente. Na matemática posso considerar que já fui lá 2 vezes. 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Berlim - O Muro e a Guerra - Agosto/2013

Falar em Berlim é lembrar do Muro que dividia a Alemanha em Ocidental e Oriental. Um dos locais mais conhecidos é o Check Point Charlie onde

Foto tirada dos Arquivos de Auschwitz
fazia-se a verificação das pessoas que "mudavam" de Alemanha. Ainda em 2013, e acho que talvez pra eternidade pode se perceber as duas Alemanhas. A Ocidental moderna e a Oriental, entrando na modernidade mas é perceptível os rastros da forma de vida quando ainda existia o muro. Andando por Berlim você encontra vários pedaços do muro espalhados pela cidade, como blocos, e fazendo parte do cenário e ponto de atração turística. Há ainda algumas partes preservadas do Muro. Uma delas se tornou em um museu, e outra na maior galeria de arte a céu aberto do mundo. Vários artistas puderem pintar suas telas no Muro. Conhecer a Alemanha, Berlim é viver a guerra e a divisão das Alemanhas, mas é uma vivência de fora para dentro, ou seja, os Alemães mesmo me pareceram, e não podia ser diferente, gostar muito do assunto, acho que ficam até meio envergonhados pelos fatos.
 
Não se fala em Hitler, não se fala em guerra. Se vive isso pois é impossível desvencilhar-se de um passado principalmente tão próximo. Sobreviventes de Guerra, famílias destruídas, entre outros convivem entre si. Em um outro post conto sobre um encontro com uma garota da Hungria, Rita. O pai dela é Hungaro e a mãe Alemã. A vó dela é sobrevivente do Auschwitz. Nas palavras dela. "O assunto guerra na minha casa é proibido". Voltando a Berlim é um cidadão. Dei sorte. No final de semana que estive por lá havia um Festival de Circo na Praça AlexanderPlatz. Passei o dia legal. Fiquei hospedado na rede de Hostel Meininger. É um Super Luxo 6 estrelas comparado aos outros nos quais já dormi. Gente do mundo inteiro numa cidade intensa. Povo educado, cidade limpa, transporte público de qualidade, muita bicicleta, e cerveja nele. Só as coisas ( comidas e bebidas ) não eram tão baratas como na Republica Checa e na Eslováquia, mas em compensação eram mais em conta que Viena na Áustria - eita lugar caro.