Junho.
Neste período, de quatro em quatro anos fico apreensivo. Vai começar a Copa do Mundo. E daí? De volta à política do pão e circo, porém itinerante? O palco agora está situado no continente mais pobre do pobre mundo.
Fico contente em ver todas as pessoas da África (continente), sobretudo da África do Sul (país) felizes e contentes com a chegada de milhonários homens a “serviço” de sua pátria – leiam-se jogadores de futebol. Quanta ignorância e arrogância cultural e capitalista. Países católicos, islâmicos, protestantes, para não criar um desfile de exemplos a serviço do maior espetáculo da terra. Espetáculo? Para quem? Antes que discorde de início você acha que aqueles – públicos e privados – que investem na estrutura o fazem por amor ao povo africano ou em busca de lucros a qualquer custo? Responda você mesmo. Será que esforços unidos não poderiam promover algum outro tipo de espetáculo da terra. Com certeza sim. Mas a vontade sobrepõe o amor e a compaixão pelo outro – estes últimos ficam somente no discurso. E você que claro, também se comove com a pobreza, com a fome, com as pessoas em busca de saúde, que tem medo da violência cotidiana, compra sua camisa da seleção – original ou não – abandona o trabalho e vai dedicar-se a amar sua pátria e torcer pelo seu país. Que idiota de patriota revestido de caridoso e amante das causas humanas somos nós? Eu não.
Taylor de Freitas
Fico contente em ver todas as pessoas da África (continente), sobretudo da África do Sul (país) felizes e contentes com a chegada de milhonários homens a “serviço” de sua pátria – leiam-se jogadores de futebol. Quanta ignorância e arrogância cultural e capitalista. Países católicos, islâmicos, protestantes, para não criar um desfile de exemplos a serviço do maior espetáculo da terra. Espetáculo? Para quem? Antes que discorde de início você acha que aqueles – públicos e privados – que investem na estrutura o fazem por amor ao povo africano ou em busca de lucros a qualquer custo? Responda você mesmo. Será que esforços unidos não poderiam promover algum outro tipo de espetáculo da terra. Com certeza sim. Mas a vontade sobrepõe o amor e a compaixão pelo outro – estes últimos ficam somente no discurso. E você que claro, também se comove com a pobreza, com a fome, com as pessoas em busca de saúde, que tem medo da violência cotidiana, compra sua camisa da seleção – original ou não – abandona o trabalho e vai dedicar-se a amar sua pátria e torcer pelo seu país. Que idiota de patriota revestido de caridoso e amante das causas humanas somos nós? Eu não.
Taylor de Freitas
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