segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Humberto Gessinger - Engenheiros do Hawai

Música brasileira. O que é a música brasileira? Não tente responder. A questão é outra. Não me vem à mente, neste momento algum outro compositor que faça música pela filosofia ativa, intrigante, inquietante. Sempre se busca refúgia nos amores e ódios, guerras e paz, situação e oposição, periferia e classe alta, rural e urbano, dentre outros. Humberto Gessinger, compositor e vocalista da banda Engenheiros do Hawai encabeça a minha lista de letristas e instrumentistas - miha lista por enquanto só tem ele - que usa e abusa da literatura, da filosofia e da história mundial para compor. Suas letras são recheadas de trechos literários, de passagens históricas, de filosofia, sem deixar escapar as angústias, alegrias, tristezas e incertezas do cotidiano do ser. Abaixo alguns trechos de suas canções, trechos esses que muitas vezes passam desapercebidos pelo ouvinte no emaranhado de palavras que compõe toda a canção.
"Na falta de algo melhor nunca me faltou coragem, se eu soubesse antes o que eu sei agora, erraria tudo exatamente igual"
Surfando Karmas & DNA

"Meu sangue ainda corre nas veias, mas é por pura falta de opção"
Além dos Out-Doors
"Problemas... sempre existiram, existirão."
Problemas...sempre existiram, existirão

"Na visão da macrostória toda guerra é igual
A visão do microscópio é o ópio do trivial
Na visão da macrostória nada gera um general"
Ilusão de Ótica
"Já perdemos muito tempo brincando de perfeição, esquecemos que somos simples, simples de coração"
Simples de Coração
"Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução"
Piano Bar
"Eu fui sincero como não de pode ser"
Refrão de um Bolero
"Se voce ouvisse as vozes que eu ouço a noite, acharia tudo que eu faço natural"
Vozes

E "você que tem idéias tão modernas, é o mesmo homem que vivia nas cavernas"

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Raul Seixas

A poucos dias acompanhei pela Rede Globo de Televisão documentário sobre partes da vida, sobretudo artística, de Raul Santos Seixas. Já havia lido livros, entrevistas, etc. Um baiano que revolucionou a música brasileira facilitando a aceitação do rock e das misturas musicais pouco prováveis, rock e baião, por exemplo.

Escrever algo sobre Raul Seixas é meio complexo pois pra mim envolve mais que um assunto, mas alguém que admirio, apesar de que o exercício de escrever é ditado pelo amor ou pelo ódio, não necessariamente nos seus graus mais elevados.

Raul Seixas é um ser infinitamente adjetivado. Guru, subversivo, poeta, cantor, romantico, louco, "messias", ou simplesmente Raulzito.

Pena (para alguns) que seus poemas são recitados em alto som, com rebeldia própria do estilo, porém são bem mais que gritos, são mensagens, profecias, alertas, conselhos e lições de vida. Vida que ele decidiu por viver às suas regras, em sua forma.

Um convite: esqueça a cara estranho do sujeito magro, barbudo, óculos escuros, temor de muitos em décadas atrás. Perca 15 minutos ( vai receber em dobro este tempo ) e leia, perceba, uma música escrita por ele. Verás que por trás do espalhafatoso personagem viveu e "vive" um ser útil na conturbada vida que levamos. Nos ensina a sonhar e a viver, a sermos diferentes. Avisa que "sonho que se sonha só é só um sonho que se sonho só, mas sonho que se sonha junto é realidade". Enfim, mergulha na sua sociedade, totalmente alternativa, segue piamente seus desejos sem importar com o dos outros. O preço? a diminuta estadia conosco. Hoje habita o inevitável desconhecido, quem sabe bebendo "na fonte, que desce naquele monte, ainda que seja de noite, pois ainda é de noite, no dia claro dessa noite". Ele morreu? Não, ninguém morre, "apenas desperta do sonho da vida".
Eu, aqui encontrando "ouro de tolo. "E fim de papo".
Taylor de Freitas

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Tempo


"Devagar, o tempo transforma tudo em tempo. O ódio transforma-se em tempo. O amor transforma-se em tempo. A dor transforma-se em tempo. Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, transforma-se devagar em tempo. Mas, por si só, o tempo não é nada, a idade não é nada, a eternidade não existe."

José Luis Peixoto - dramatugo portugues

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fiéis atenção: Estou abrindo uma Igreja

IGREJA TAYLORCÊNTRICA DO 8º DIA.
Anote aí pois estou precisando de fiéis.

Não pensem que mudei meus conceitos e pretendo salvar almas, leva-las para o céu, realizar milagres, curas, ou coisa do tipo. É que na atual situação financeira estou a procura de meios de, senão ganhar dinheiro, deixar de pagar impostos e de forma legal. Explico:

Acompanhando reportagem da Folha de São Paulo, não pude conter à tentação e vislumbrar a possibilidade de "montar meu próprio templo", (só no papel, viu). Abrir uma igreja no Brasil custa cerca de R$ 450,00 (taxas, emolumentos, certidões, registro, etc..), não demora 15 dias, não precisa de relação de fiéis, pode ser num cômodo no fundo lá de casa, e o dinheiro arrecado através das doações dos meus fiéis (depois entre em contato para pegar o numero da conta) posso aplica-lo, ter rendimentos e não pago IR e nem IOF. Tudo dentro da lei.

A Constituição brasileira prevê que "negócios" dessa natureza estão isento de impostos e isso me atraiu muito. Agora pergunto: Por que o Estado isenta algumas "atividades" e outras não. Não somos uma nação democrática? Parece que não.

Sugestão: monte uma oficina de carros, lavanderia, buteco, enfim, registre como Templo Religioso e enquanto faz os serviços para seus clientes vá "pregando, e pregando". Com certeza vai economizar bastante. Pode ainda realizar uns milagres (nesse caso o serviço tem preço especial).

É a nossa realidade, enquanto precisamos de milagres para sobreviver no dia a dia oneroso de nosso país, entidades religiosas são beneficadas para promover a cura a seus fiéis. Ou seja: o milagre dos números para o dinheiro "dar" no final do mês é voce quem faz, o lucro é dividido entre santos, pastores, padres, obreiros, sacerdotes, diáconos, presbíteros, e os tesoureiros; estes últimos são os homens de deus que cortam o mal pela raíz, por isso recebem o título de tesoureiros. (bem acho que é isso). Fiquem em paz.
Taylor de Freitas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Próximo Destino: Argentina e Uruguai

Tenho a consciência que estou em dívida (quase na dívida ativa) em relação ao proposto e prometido em relação à viagem que fiz à Bolívia, Peru (Machu Picchu)http://oeste.inca.zip.net/). O Projeto inclui um documentário ( já em elaboração) e de material a ser fornecido as escolas públicas: pretendo realizá-los mas, é sabido, os afazeres são muitos, etc e tal. Enquanto isso não acontece termino 2009 e começo 2010 com a programação pronta em mais uma viagem à América Latina. Dessa vez, Argentina e Uruguai em Outubro de 2010. Roteiro pronto, previsão de despesas, informações das cidades, hostel (não assuste é hostel mesmo, entenda albergue), transporte, e por ai vai.
O Roteiro inclui Mar del Plata (cidade costeira - Oceano Atlântico com seus cassinos), San Vicente, Rosário, Buenos Aires, La Plata, General Rodriguez. Será ainda feita a travessia da Argentina para o Uruguai pelo Rio da Prata passando por Colônia e Montevideu no Uruguai. Se o tempo permitir conhecerei também Punta Del Leste. Para não desprezar os centros urbanos brasileiros, no retorno a programação prevê Porto Alegre-RS, Gramado-RS (ainda em fase de estudo) e Curitiba-PR. É isso.

Talvez possa estar achando que rios de dinheiros serão investidos nessa nova empreitada, pois essa foi uma pergunta comum quando fui a Bolívia, Peru (Machu Picchu). Mais uma vez repondo: Não. Sem desmerecer as belezas das terras brasileiras, viajar, sobretudo pela América Latina não é tão caro como parece e é bem mais barato do que se pensa. Fora a questão financeira, o fato de lidar com outros povos, outras formas de viver e pensar com certeza faz um bem que nem ninguém nem nada pelo que passou possa ter lhe propiciado. A experiência é inexplicável. Sugestão: pense nisso. Com um pouco de coragem, atitude, vontade e olhar crítico voce poderá viajar, aprender e ensinar. Mais que isso, poderá cultivar o processo de lidar com o diferente e vivenciar um pouco da diversidade desse imenso mundo povoado de tudo e de todos. Não me deseje boa viagem, mas sim venha comigo.
Taylor de Freitas