quarta-feira, 18 de março de 2009

Crianças se prostituem ou são prostituidas?

O mundo, e por conseqüência o Brasil é feito de momentos, “coisas” que emergem – eles sempre existiram – e vêem à tona despertando interesse de todos e de tudo – deveria despertar mais que interesse. Tem a vez da violência, da política, dos desastres naturais, da pobreza, e por ai vai. A prostituição de crianças se encaixa perfeitamente neste contexto e precisa, se não extinta, sendo eliminada mesmo que aos poucos. De início temos de nos esforçar para responder a pergunta que intitula este artigo: Elas, as crianças se prostituem ou são prostituídas? Vou tentar não responder, mas talvez criar mais perguntas.
A sociedade, não só brasileira, mas de todo o mundo é marcada pela desigualdade social, falta de oportunidades, de cultura, de visão de mundo, que vem se acentuando como podemos verificar na cronologia histórica. Vamos nos ater, porém, ao país em que vivemos e portanto podemos observar a realidade de perto – somos atores e expectadores dessa realidade.
O povo – do latim, populu,: refere-se a um grupo de seres humanos unidos por um fator comum, tal como a nacionalide , cor da pele, religião, país, etc. Uma outra acepção, agora política, da palavra povo é usada para significar àquela grande parte da população de uma nação que não tem posição de poder político. Nesta acepção contrapõem-se á palavra elite – principalmente os residentes em posições geográficas, culturais e econômicas menos atrativas do ponto de vista governamental, muitas das vezes, em uma mistura de necessidade, desinteresse, falta de informação permitem que suas – talvez nossas - crianças sejam colocadas a venda em um mercado não promissor, mas sim degradante para condição humana de ser. Pois bem, já podemos chegar a uma conclusão: a questão é social, está ligada a injustiça, a desigualdade, ao governo – ou a ausência dele – a pobreza. Não é o bastante; a conclusão acima nos leva a novas reflexões acerca do problema. Poderíamos aqui esboçar diversas causas para a conseqüência, o que seria um processo simples, “saberíamos de cor”: como já dissemos, o problema social, da desigualdade, da impunidade, da facilidade encontrada por estrangeiros que habitam de quando em vez nosso país em busca do turismo sexual a preços populares, no entanto, diante de muitos que têm se ser resolvidos, a consciência de cada um que faz parte desse processos precisa ser revista, e não nos enganemos, é talvez tarefa mais difícil dentre todas. Barrar aquele que alimenta – em todos os sentidos que a palavra possa ter – essa troca de interesses desigual – você, criança me fornece prazer, e eu, te forneço um dia a mais de comida no prato, se é que há pratos – onde mais do que um ato de violência, comete-se algo inadmissível na sociedade em que vivemos.
Quem financia a prostituição infantil é aquele que se deixa levar por algo que de certo ponto podemos considerar insano, possuir uma criança e a baixo custo. Necessário é que haja uma conscientização ampla sobre o assunto para darmos início a um processo longo que propiciará uma nova forma de ver e respeitar o outro nas suas dificuldades e não delas aproveitar. Quem sabe tratemos bem nossas crianças e em futuro bem próximo tenhamos mulheres dignas para serem mães não só de nossos filhos, mas do mundo, em uma sociedade não utópica mas ao menos perto daquilo que todos desejamos, oportunidades para sermos nós mesmos.

Taylor de Freitas

Um comentário:

Anônimo disse...

olha estes videos de uma criança q interessante

http://www.youtube.com/watch?v=YJJPv50iESo

http://www.youtube.com/watch?v=tam1xA4-wX4